O presidente da
Associação Industrial Portuguesa (AIP), José Eduardo Carvalho, afirmou, em
Coimbra, que “só por masoquismo ou tendência para o suicídio colectivo” se
podem compreender “alguns episódios da política portuguesa envolvendo Angola”.
Para o dirigente
associativo, que falava no seminário ‘Exportar a primeira vez’, que decorreu no
auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra, Angola é um mercado
“extremamente importante”, porque as exportações portuguesas para Angola são
essencialmente produtos alimentares e metálicos, sectores dominados pelas
Pequenas e Médias Empresas (PME) portuguesas.
“As janelas de oportunidade são tão estreitas” que “não podemos criar dificuldades, nomeadamente em mercados que são essenciais para a recuperação económica em Portugal”, como é o caso de Angola, sublinhou José Eduardo Carvalho.
Existem actualmente oito mil empresas portuguesas a exportar para Angola, o que representa cerca de três mil milhões de euros de vendas, salientou o presidente da AIP, referindo que Portugal tem com Angola “o segundo maior saldo nas suas relações comerciais com o exterior”.
Angola “é um mercado extremamente importante e quem tem preocupação com a economia portuguesa” e quer contribuir para que o país saia da sua actual situação “fica apreensivo quando eclode determinado tipo de conflitos fora da esfera comercial e da área económica”, sintetizou José Eduardo Carvalho.
“O mercado interno é fundamental, mas não temos mercado interno para sustentar 300 mil empresas e sociedades comerciais” e, por outro lado, “o peso das exportações no PIB (Produto Interno Bruto) de países com a dimensão do nosso” é da ordem dos 70 por cento, mas em Portugal é de cerca de 30 por cento, referiu o presidente da AIP, defendendo o alargamento da “base exportadora nacional” como “a prioridade neste momento”.
Jornal de Angola
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