segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Bloco 1 tem 100 milhões de barris de petróleo para ser explorado em 15 anos

 

São Tomé e Príncipe
 
Garantia da Autoridade Conjunta no Jantar – Debate organizado pelo Circuito Económico Francófono. A autoridade Conjunta explicou aos operadores económicos francófonos, que a petrolífera Total, decidiu abandonar o bloco porque a quantidade de petróleo descoberta não satisfaz os parâmetros definidos por uma grande empresa como a francesa Total.
 
Os estudos e perfurações feitos pela empresa francesa Total no bloco 1, indicam que há petróleo suficiente para extrair 19 mil barris por dia, durante 15 anos. Foi a explicação que a Autoridade Conjunta São Tomé e Príncipe-Nigéria, deu aos membros do Circuito Económico Francófono, no Debate-Jantar, que esta organização de empresários francófonos organizou na última sexta – feira. «Tem uma capacidade de produção em torno de 100 milhões de barris como reserva e a qualidade de petróleo é bastante boa», assegurou Arzemiro dos Prazeres, representante da Autoridade Conjunta no evento da última sexta – feira.
 
As perspectivas de exploração de petróleo, após a retirada da empresa francesa Total do bloco 1 da zona conjunta, foi o principal tema da conferência.
 
Arzemiro dos Prazeres que representou a Autoridade Conjunta São Tomé e Príncipe-Nigéria, explicou que o bloco 1tem futuro. A retirada da Total que tinha projectado para 2015, a exploração real do petróleo no referido bloco, não põe em causa o processo. «Depois da saída da Total encontramo-nos numa fase de negociação com empresas independentes, que tem estruturas menores que a Total, mas que tem conhecimento profundo da produção em águas profundas. A autoridade conjunta tem recebido alguns interessados. Esperamos que brevemente possam avançar para situações mais concretas», destacou Arzemiro dos Prazeres.
 
Segundo a Autoridade Conjunta, o importante é analisar as propostas das empresas que estão a manifestar interesse em explorar o petróleo existente no bloco 1. «Agora é encontrar-se uma empresa que tenha capacidade financeira e conhecimentos na perfuração em grande profundidade. Sem o casamento desses dois factores fica muito difícil. Mas acreditamos que há muita possibilidade de se chegar a uma definição, com uma empresa ou um consórcio de empresas para que se ponha em efectividade a operacionalidade do bloco», detalhou o representante da Autoridade Conjunta.
 
Se os estudos feitos pela Total, indicam que o bloco 1 tem reservas petrolíferas na ordem e 100 milhões de barris, os membros do Circuito Económico Francófono, quiseram entender porque razão a Total se retirou? «Pelas informações que foram dadas o nível de percentagem da descoberta não está de acordo com os parâmetros definidos pelas grandes empresas como a total», explicou Arzemiro dos Prazeres.
 
Ouro negro que se descobriu no bloco 1 parece não satisfazer a estratégia de lucro da Total.
 
No que concerne a zona económica exclusiva são-tomense, o Circuito Económico francófono em São Tomé e Príncipe, recebeu explicações de Cristina Dias, enquanto Directora Administrativa da Agência Nacional de Petróleo. Explicou que o país assinou acordo de partilha de produção para exploração de 3 blocos de petróleo.
 
O bloco 3 com a Orantum Petroleum empresa nigeriana, a Equator Exploration, e a Sinoangola empresa de capital chinês e angolano. « Temos a Orantum que está mais avançado. Segundo o programa já em fevereiro do próximo ano, vão começar a fazer os estudos sísmicos de 3 dimensões», sublinhou Cristina Dias.
 
A Equator Exploration que ganhou direito sobre o bloco 5 da ZEE, como consequência de acordos assinados no passado, não estará a dar sinais de progresso na implementação do programa de exploração do bloco. «Neste momento está um pouco estagnado. Estamos a tentar reactivar este processo, para darmos continuidade aos trabalhos na nossa zona económica exclusiva», pontuou Cristina Dias.
 
No que concerne ao bloco 2 atribuído a empresa Sinoangola, a Agência Nacional de Petróleo, diz que aguarda com base na lei o pagamento do bónus de assinatura. «Estamos em crer que a partir do próximo ano teremos já actividade em termos de estudos sísmicos e de impacto ambiente a nível desse bloco», conclui.
 
Explicações sobre o dossier petróleo que deixou o Circuito Económico Francófono, crente de que a exploração do petróleo será realidade em São Tomé e Príncipe. Enquanto o ouro negro não jorra, o presidente do Circuito Económico Francófono, incentivou os empresários francófonos em São Tomé a continuar a aposta firme noutras riquezas, que fazem estas ilhas serem maravilhosas. «São Tomé e Príncipe é uma mina de Ouro em diversos sectores, não falemos do ouro negro, que é o petróleo, mas do ouro branco que é o cacau e o chocolate, o ouro vermelho que é o óleo de palma. O que se deve reter esta noite é que um dia o petróleo vai jorrar dos poços», declarou Jean Marie Ecrepon.
 
Circuito Económico francófono, nasceu há 2 anos. Para além de apoiar os empresários francófonos que buscam oportunidade de negócios em São Tomé e Príncipe, pretende trabalhar em parceria com as autoridades nacionais na promoção do investimento privado estrangeiro no país.
 
Abel Veiga – Téla Nón
 
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