quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Dois feridos em disparos contra manifestantes antigovernamentais na Tailândia

 


Banguecoque, 15 jan (Lusa) - Duas pessoas ficaram feridas na sequência de tiros disparados contra manifestantes anti-governamentais, informaram hoje as autoridades tailandesas, no terceiro dia da "paralisação" de Banguecoque com vista à demissão da primeira-ministra Yingluck Shinawatra.
 
Um homem e uma mulher, ligeiramente feridos, foram levados para o hospital depois de terem sido disparados tiros esta noite, segundo o centro de emergência Erawan. As vítimas já deixaram o hospital.
 
Segundo imagens televisivas, citadas pela AFP, dezenas de disparos foram efetuados por um desconhecido.
 
Na terça-feira, o líder dos manifestantes antigovernamentais tailandeses ameaçou capturar a primeira-ministra, se Yingluck Shinawatra não apresentar a demissão.
 
"Vamos capturar a primeira-ministra" e os membros do governo "um por um" se não apresentarem a demissão nos próximos dias, prometeu Suthep Thaugsuban, perante os apoiantes.
 
O antigo deputado é alvo de um mandado de captura por insurreição e pode ser julgado por homicídio e pelo papel na repressão das manifestações da primavera de 2010, quando era vice-primeiro-ministro, mas a polícia não tentou deter Suthep.
 
A oposição defende a escolha de um "conselho do povo" que introduza reformas no sistema político que consideram corrompido e antes da realização de eleições que apenas preconizam num espaço de 12 a 14 meses.
 
Suthep Thaugsuban e os seus seguidores culpam Thaksin Shinawatra, irmão mais velho de Yingluck e antigo primeiro-ministro deposto num golpe militar em 2006, de todos os males do país e dizem ser este a dirigir a Tailândia a partir do exílio onde está para evitar uma pena de prisão de dois anos por corrupção.
 
No entanto, os partidários de Thaksin Shinawatra venceram, nas urnas, todas as eleições desde 2001, contam com grande apoio popular nas zonas rurais do norte e nordeste da Tailândia embora a oposição tenha também grande capacidade de mobilização popular como tem demonstrado nas últimas semanas de protestos.
 
FV (EJ/JCS) // JCS - Lusa
 

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