Orlando Castro –
Folha 8, 17 janeiro 2014
Um mês depois da
morte de Nelson Mandela não param de surgir homenagens à sua memória. Desta
feita, a uma nova espécie de lagosta que foi descoberta na costa da África do
Sul e os cientistas deram o nome do antigo líder sul-africano.
A lagosta
representa uma descoberta para a comunidade científica já que não é muito
similar a um crustáceo da mesma espécie. Encontrada na costa da África do Sul
em 2011 permaneceu até agora sem uma denominação científica. No entanto, após
a morte de Nelson Mandela os cientistas decidiram fazer-lhe uma homenagem e
baptizaram a lagosta com o seu nome – Munidopsis Mandelai (nome científico).
A lagosta, que tem
várias semelhanças com um caranguejo, foi descoberta por Diva Amon, uma
estudante de doutoramento do Museu de História Natural, em Londres.
“Descobrimos a nova
espécie inesperadamente, durante uma investigação subaquática a madeira e
ossos de baleia no monte subaquático no sudoeste do oceano Índico, uma área
inexplorada”, explicou Diva Amon, citada pelo Daily Mail.
A nova espécie de
lagosta foi encontrada a uma profundidade de 750 metros e tem uma carapaça de apenas
sete milímetros. “A descoberta é outro exemplo de como a exploração das águas
profundas continua a revelar os mistérios dos ecossistemas subaquáticos”,
concluiu a investigadora.
Embora não seja
para já, pelo menos assim esperam os indefectíveis e ortodoxos homens do
Presidente angolano, tudo leva a crer que os cientistas irão um dia destes
fazer aprofundados estudos em alguns dos nossos rios para confirmar o que há
muito se suspeitava sobre a existência de uma desconhecida espécie de jacarés.
Crê-se, embora ainda sem base científica, que essa rara espécie é de cor preta
e vermelho-rubro, ostentando no dorso uma roda dentada e uma catana.
Os dados
preliminares, recolhidos ao longo das últimas décadas, permitem concluir
tratar-se de um tipo de jacarés com elevado quociente de inteligência, pois
só se alimentam de seres humanos considerados de segunda categoria, para além
de respeitarem democrática e solenemente a escolha da ementa dos tratadores.
Embora se
desconfiasse que a espécie existe há muitos anos, só em 2013 foi possível
confirmar, através de insuspeitos testemunhos, que esses jacarés têm uma
especial predilecção alimentar por cidadãos que antes tenham estado detidos e
tenham sido torturados.
Na posse destes
elementos testemunhais, os cientistas vão logo que possível procurar “in
loco” outras provas, podendo para isso contar com o apoio táctico e logístico
das forças armadas presidenciais e de segurança do país, elas próprias exímias
na manutenção e sobrevivência desta espécie.
Embora existam
muitos nomes passíveis de serem dados a estes jacarés, é tradição os
cientistas respeitarem escrupulosamente a hierarquia política da pátria dos
animais, pelo que à espécie deverá ser dado o nome Crocodylus Eduardo dos
Santos.
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