domingo, 26 de janeiro de 2014

Moçambique: MISÉRIA E DESIGUALDADES NO CENTRO DA CONFERÊNCIA DE MAPUTO

 

O País (mz)
 
Esperam-se 500 convidados, dos quais 350 estrangeiros, entre quadros seniores de instituições financeiras, políticos e representantes da sociedade civil
 
A economia africana cresce, mas os povos continuam muito pobres. Este é, objectivamente, o problema que se pretende resolver com a realização, nos próximos dias 29 e 30 deste mês, de uma conferência de alto nível, realizada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Governo, sob o lema “África em Ascensão”.
 
No encontro, o FMI estará representado ao mais alto nível, pela directora-geral, Christine Lagarde, acompanhada por quadros seniores daquela instituição. Estarão presentes também representantes do Banco Mundial, ministros das Finanças e governadores dos bancos centrais de 45 países africanos, além de figuras da área política e representantes da sociedade civil do continente e do mundo. Fonte do FMI em Maputo avançou que foram convidados importantes nomes da arena financeira internacional, mas que ainda não confirmaram presença. Entre eles, consta o antigo secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Kofi Annan, Melinda Gates, esposa do bilionário norte-americano Bill Gates e presidente da Fundação Melinda Gates – uma organização que luta contra a pobreza e que tem investimentos em Moçambique.
 
O objectivo da vinda destes quadros é encontrar caminhos para erradicar a miséria no continente negro. “A conferência dará especial realce às estratégias para transformar um crescimento robusto em inclusivo e a criação de emprego, destacando o papel a ser desempenhado pelos parceiros de desenvolvimento”, afirmou o ministro das Finanças, Manuel Chang, em conferência de imprensa convocada para lançar a Conferência.
 
De facto, África é das regiões do mundo com as mais altas taxas de crescimento económico. O director-adjunto do Departamento Africano do FMI, Roger Nord, admite que o padrão de vida melhorou em muitos países da África Sub-sahariana, em resultado de um forte crescimento nos últimos 15 a 20 anos.
 
Ainda assim, “muitos desafios permanecem. A pobreza continua elevada em muitos países... um número crescente de países está a juntar-se às fileira dos produtores de recursos naturais, um desenvolvimento que oferece enormes oportunidades, mas também muitos riscos.
 
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