O navio-tanque
Kerala, com pavilhão da Libéria, está há quatro dias sem fazer ou receber
contactos via rádio e empresas ligadas à navegação marítima acreditam que a
embarcação pode ter sido sequestrada ao largo de Angola.
O último porto em
que foi registado o movimento do Kerala, construído em 2008, foi o de Luanda,
segundo o sítio da Internet Marine Traffic, que apresenta em tempo real a
localização de todo o tipo de embarcações.
A última
comunicação a partir do Kerala foi feita pouco depois da 01:30 do passado dia
18, ao largo de Luanda, refere na sua página na Internet a empresa proprietária
da embarcação, a DynaCom Tankers.
«As comunicações
com o M/T Kerala foi dada como perdida desde 180114. Suspeita-se que os piratas
tomaram o controle da embarcação, mas mesmo esta informação ainda não está
confirmada. Desde então, adotámos medidas imediatas e estamos a trabalhar em
conjunto com as autoridades/agências para estabelecer a comunicação com o
navio. A Dynacom está comprometida com a segurança da tripulação, do ambiente e
da embarcação», lê-se no comunicado publicado na sua página na Internet.
A DynaCom Tankers
não revelou o número de tripulantes a bordo, nem as respetivas nacionalidades.
Segundo a Dryad
Maritime, uma agência de inteligência marítima, baseada no Reino Unido, é
possível que o Kerala tenha sido sequestrado por piratas.
A confirmar-se essa
possibilidade, a Dryad Maritime considera que o desaparecimento do navio-tanque
pode representar um «aumento significativo (em termos de área) da pirataria marítima
a partir do Golfo da Guiné, envolvendo provavelmente grupos criminosos
nigerianos».
Noutro sítio da
Internet ligado à navegação marítima, o MarineLink.Com, salienta-se que a perda
de comunicações com o Kerala se verificou após uma série de alertas lançados
pela Dryad Maritime aos seus clientes sobre a presença de uma embarcação
suspeita a navegar ao largo da costa de Angola.
TSF
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