sábado, 18 de janeiro de 2014

ONU ASSINALA “GRANDES PROGRESSOS NOS DIREITOS HUMANOS” EM ANGOLA

 

Diário Angolano
 
O reconhecimento pelas Nações Unidas dos avanços dados por Angola a nível dos Direitos Humanos, constituiu um marco importante para o país nesta área, no ano findo.
 
Tal reconhecimento foi feito pela Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, aquando da visita oficial que efectuou ao país, de 22 a 24 de Abril, a convite do Executivo angolano, onde constatou "grandes progressos em termos de direitos humanos".
 
Segundo Navi Pillay, Angola tinha "indubitavelmente" feito progressos notáveis nos dez anos desde o fim da guerra civil, mas sugeriu a criação de uma autoridade nacional para os monitorizar.
 
A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos referiu-se aos investimentos avultados do Estado angolano em infra-estruturas e realçou os esforços empreendidos para livrar o país das minas anti-pessoal que continuam a fazer vítimas.
 
No que toca ao respeito dos direitos humanos, a Alta Comissária disse ter insistido na necessidade de reforçar a protecção dos cidadãos, uma vez que " o desenvolvimento de infra-estruturas sem um desenvolvimento paralelo dos direitos humanos é insuficiente e está votado ao fracasso".
 
Durante o ano de 2013 foram feitas várias visitas de constatação, no sentido de se avaliar o estado dos direitos humanos a nível das 18 províncias, tendo-se concluído, segundo o secretario de Estado para os Direitos Humanos, Bento Bembe, que o país está a registar progressos significativos neste domínio.
 
O governante salientou os progressos na construção de infra-estruturas como estradas e habitações sociais, transportes e comunicações, bem como a maior atenção das instituições do estado às questões sociais ligadas sobretudo à saúde e educação.
 
Considerou que os direitos humanos também ocupam um lugar importante na agenda política do Executivo angolano e destacou por outro a preocupação da humanização cada vez maior dos serviços.
 
Apesar dos avanços, o responsável admitiu a necessidade de se aprimorar alguns serviços sociais básicos como o acesso a água, energia, saúde e educação.
 
Nessa perspectiva, foi aventada a hipótese de a disciplina de direitos humanos ser inserida nos próximos tempos nos currículos escolares, desde o ensino de base ao ensino superior, no sentido de permitir maior diálogo social e institucional com as futuras gerações.
 
O país comemorou, no dia 10 de Dezembro do ano findo, o 65º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
 
Em cerimónia organizada para o efeito, o ministro da Justiça e Direitos Humanos, Rui Mangueira, pediu "mais responsabilidade" dos cidadãos no exercício dos direitos consagrados na Constituição, "para que se evitem aproveitamentos de casos e factos para fins meramente políticos".
 
"O exercício pleno da liberdade de manifestação pacífica deve assegurar que a voz dos que se manifestam seja ouvida, sem que sejam violados os direitos de outros cidadãos, uma vez que todos são iguais perante a lei".
 
O ministro referia-se ao direito à liberdade de reunião e de manifestação, consagrado na Constituição angolana, mas cuja interpretação e aplicação pelas autoridades tem merecido críticas da sociedade civil.
 
Rui Mangueira disse que "o direito à manifestação e reunião deve ser exercido de forma pacífica e dentro dos seus limites para não colidir com outros direitos fundamentais" e "sem ultrapassar a missão das instituições".
 
"Por isso queremos aqui pedir mais responsabilidade de todos os cidadãos na proteção de direitos constitucionalmente consagrados, para que não mais se verifique o aproveitamento de casos e factos para fins meramente políticos", sublinhou.
 
Agora, 13 de janeiro de 2014
 

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