Zé Povinho
Os governantes
portugueses têm beneficiado de verdadeira impunidade, apesar dos inúmeros casos
conhecidos de má governação e de prejuízos elevados causados ao Estado. Por
norma considera-se que as decisões políticas não podem ser criminalizadas, o que
em vários casos não faz qualquer sentido.
O caso das PPP’s é
um dos casos exemplares onde a impunidade é verdadeiramente incompreensível.
Este tipo de “negócio”, a que se chamou de parceria, começou logo desde o
princípio por uma mentira monumental, pois foi apresentado como um “negócio”
sem custos para os contribuintes.
Julgo que a mentira
seria suficiente para condenar os políticos que assim apresentaram as
parcerias, mas não se ficou por aí, porque também foram indicadas necessidades
que não eram reais, os custos derraparam e fala-se até de revisões de contratos
que foram prejudiciais para o erário público.
Os governantes que
assinaram estes contratos nunca foram chamados à responsabilidade, e os
privados que lucram com os seus erros, continuam a embolsar dinheiro, dos
nossos impostos, não são chamados a contribuir em conformidade.
Numa altura em que
a generalidade dos trabalhadores é chamada a esforços suplementares, esta
situação é um escândalo que descredibiliza ainda mais a política e a justiça
nacionais.
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Povinho
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