Na altura em que
assumia o cargo de gerente da Isohidra (entre 2010 e 2011), Luís Marques Mendes
terá vendido ações por um preço 60 vezes abaixo do valor de mercado. Este
negócio suspeito lesou o Estado em 773 mil euros e foi detetado há semanas pelo
Fisco mas, em declarações ao Jornal de Notícias, o social-democrata diz não se
lembrar de tal venda de ações. A ser considerado culpado, o antigo líder do PSD
não será responsabilizado pelas Finanças.
O caso remonta aos
anos 2010 e 2011 mas só há poucas semanas a Autoridade Tributária (AT) conclui
a investigação a uma suspeita de venda ilegal de ações.
De acordo com o
Jornal de Notícias (JN), Luís Marques Mendes e Joaquim Coimbra, na altura
gerentes da Isohidra – Sistemas de Energia Renováveis, Lda., terão vendido
ações a um custo 60 vezes mais baixo do valor de mercado.
O negócio em causa
terá lesado o Estado em 773 mil euros, uma vez que as ditas ações foram
vendidas por 51 mil euros quando, na verdade, valiam 3,09 milhões de euros.
Contactado pelo
Jornal de Notícias, o antigo líder social-democrata diz não se recordar de ter
rubricado quaisquer contratos de compra e venda que dariam luz verde a esta
ação, mas segundo as Finanças a assinatura de Marques Mendes está presente nos
papéis.
Papéis esses que
contam ainda com a assinatura de Joaquim Coimbra, mas que não tiveram voto
positivo da ainda gerente da empresa, Carmen Xavier, que agora teme ser
responsabilizada pelo Fisco.
Como a ação das
Finanças incide, lê-se na publicação, sobre o sujeito passivo inspecionado,
neste caso a empresa, e não em particular sobre quem assinou os ditos
contratos, que seriam Marques Mendes e Joaquim Coimbra, o pagamento dos
impostos em falta (cobrados com a taxa fixada na altura, ou seja, 25%) terão
que ser saldados pelos atuais gerentes, mesmo que nada tenham que ver com a
assinatura de tais contratos de compra e venda.
Notícias ao Minuto
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