"O Governo
PSD/CDS-PP fala do milagre económico, como se fosse milagre asfixiar uma pessoa
e anunciar satisfeito que está a poupar oxigénio", afirmou Miguel Tiago
O deputado
comunista Miguel Tiago comparou hoje o "milagre económico" que diz
estar a ser promovido pela maioria PSD/CDS-PP ao "asfixiar uma
pessoa" para "poupar oxigénio" e apelou à participação nas
manifestações de sábado contra o Governo.
"O Governo
PSD/CDS-PP fala do milagre económico, como se fosse milagre asfixiar uma pessoa
e anunciar satisfeito que está a poupar oxigénio", afirmou Miguel Tiago,
numa declaração política, na Assembleia da República, acusando
sociais-democratas e democratas-cristãos de "cobardia política" por
não responderem à pergunta sobre se os portugueses veriam "alguma coisa
devolvida partir de 18 de maio", data apontada para o fim do programa de
ajuda económico-financeira.
O deputado
socialista Nuno Sá e a bloquista Mariana Aiveca sublinharam as palavras do
primeiro-ministro Passos Coelho antes das eleições, no sentido de não serem
necessários cortes de salários, pensões e reforma nem de despedimentos na
função pública para fazer o ajustamento económico e que Portugal é agora
"um país sem esperança, sem vislumbrar qualquer possibilidade de passar a
viver melhor".
"Só há um
caminho, a mobilização em todas as lutas, já no próximo sábado. Mais um passo
para contestar esta política e este Governo. Não pode haver becos sem
saída", associou-se a deputada do BE, referindo-se às concentrações e
marchas em todo o país, sábado, convocadas pela CGTP - o "Dia Nacional de
Luta Contra a Exploração e o Empobrecimento".
Miguel Tiago
declarara que "indignação já não é palavra que baste para descrever o
sentimento de quem olha para o seu recibo de salário, pensão ou reforma e vê
que lhe roubaram muitos dos poucos euros que ganhava" enquanto "o
Governo e a maioria continuam a apregoar sinais positivos, recuperações,
milagres, saídas limpas da ‘troika'".
"A maioria
parlamentar, com o silêncio cúmplice do PS, o Governo, o Presidente da República,
podem querer sequestrar a democracia, mas os portugueses já mostraram mais que
uma vez que não há dique que represe a força de um povo", acrescentou o
deputado do PCP, sem esquecer o PS, "num limbo, o de querer estar bem com
Deus e com o diabo".
Lusa, em jornal i
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