O secretário de
Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Luís Campos Ferreira, inicia
no domingo uma visita oficial de dois dias à Guiné Equatorial, país que
pretende aderir à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Numa nota hoje
enviada às redações, o Ministério dos Negócios Estrangeiros indicou que a
visita tem por objetivo "contribuir para o reforço das relações entre os
dois Estados".
Durante a visita,
Luís Campos Ferreira irá reunir-se com as principais figuras da República da
Guiné Equatorial: o Presidente Teodoro Obiang e o primeiro-ministro Vicente
Ehate Tomi.
O secretário de
Estado português terá ainda reuniões com os ministros dos Negócios Estrangeiros
e Cooperação (Agapito Mba Mokuy), das Minas, Indústria e Energia (Gabriel
Lima), da Informação, Imprensa e Rádio (Federico Abaga), da Aviação Civil
(Fausto Fuma), da Cultura e Turismo (Guillermina Mekuy Mba Obono) e da Educação
e Ciência (Jesús Engonga Ndong).
"No decurso
desta visita (...) serão assinados dois protocolos de cooperação: o protocolo
de cooperação para a promoção e difusão da Língua Portuguesa e o memorando de
entendimento sobre o estabelecimento de programas de Formação Especial entre
ambas as administrações", referiu a mesma nota informativa do ministério.
Por ocasião da
visita de Campos Ferreira, será ainda inaugurada uma exposição alusiva ao Fado
-- Património da Humanidade, bem como irá decorrer um concerto da fadista
portuguesa Katia Guerreiro no Centro Cultural de Malabo, capital da Guiné
Equatorial.
O secretário de
Estado vai ainda reunir-se com a comunidade portuguesa residente na Guiné Equatorial.
A Guiné Equatorial,
país liderado por Teodoro Obiang desde 1979 e considerado um dos regimes mais
fechados do mundo por organizações de direitos humanos, tem estatuto de país
observador na CPLP desde 2006, mas o processo de adesão tem sido adiado,
devendo voltar a ser discutido na próxima cimeira da organização lusófona, em
Díli, capital de Timor-Leste, prevista para julho de 2014.
Em dezembro último,
Luís Campos Ferreira admitiu que ainda existia "um caminho a
percorrer" até uma eventual adesão da Guiné Equatorial à CPLP, mas
mostrou-se "profundamente convencido" de que o processo terá um
"final feliz".
Na altura, no
âmbito de uma conferência em Lisboa sobre a candidatura da Guiné Equatorial a
membro de pleno direito da CPLP, o governante sublinhou que o país africano
ainda tinha "um caminho a percorrer, quer na promoção e uso efetivo da
língua portuguesa, quer em matéria de direitos humanos, designadamente a adoção
de uma moratória sobre pena de morte".
Na mesma ocasião,
Campos Ferreira indicou que iria visitar a Guiné Equatorial no início do ano
"para consolidar iniciativas de cooperação", mas também para
anteceder "uma provável visita do Ministro dos Negócios Estrangeiros"
português, Rui Machete.
Lusa, em Notícias ao
Minuto
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