Díli, 20 jan (Lusa)
- Timor-Leste pediu hoje ao Tribunal Internacional de Justiça respeito pela
soberania do país e a restituição dos documentos confidenciais apreendidos pela
Austrália durante rusgas ao advogado australiano que defende os timorenses nas
acusações de espionagem.
"Os nossos
advogados apresentaram durante cerca de duas horas a nossa argumentação.
Estamos a pedir medidas provisórios no sentido de garantir que os documentos
sejam entregues ao Tribunal Internacional de Justiça (TIJ)", afirmou, contactado
por telefone pela agência Lusa, o chefe da diplomacia timorense, José Luís
Guterres.
O ministro, que se
encontra em Haia, Holanda, a acompanhar o processo, afirmou que o caso tem a
ver com o "respeito pela soberania de Timor-Leste por causa das rusgas
efetuadas" pela Austrália.
Timor-Leste pediu
no passado 18 de dezembro ao TIJ que ordene à Austrália a restituição dos
documentos confidenciais apreendidos durante buscas ao escritório e residência
do advogado australiano que representa o país no caso das acusações de
espionagem durante as negociações de um tratado sobre o petróleo e gás no mar
de Timor.
O processo de
espionagem também está a ser tratado em Haia, mas pelo tribunal arbitral,
devendo a primeira audiência ser realizada em fevereiro.
"Os documentos
são de elevada importância estratégica e é uma clara violação da nossa
soberania", insistiu o chefe da diplomacia timorense.
Segundo José Luís
Guterres, na terça-feira o TIJ vai ouvir a posição da Austrália e na
quarta-feira vão ser feitas as argumentações finais dos dois países.
"A decisão
será conhecida dentro de algumas semanas por causa da urgência do
processo", disse também José Luís Guterres.
MSE // VM - Lusa
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