quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

XANANA GUSMÃO ABANDONA CARGO DE PM – “UMA BOFETADA DE LUVA BRANCA”

 


O anúncio já tinha sido feito há alguns meses: Xanana Gusmão abandona em breve o cargo de primeiro-ministro e entrega o poder político às novas gerações. Fonte próxima do PM timorense afirma que “esta decisão tem a carga absoluta do bom caráter de Xanana Gusmão e só prova que nunca esteve agarrado ao poder, somente se viu obrigado a assumir o comando em prol dos interesses do povo e do país.”
 
Para os detratores de Xanana Gusmão “esta atitude tem algo de obscuro e importa que tudo seja esclarecido”. Xanana está realmente a aparentar que não está “agarrado ao poder mas o futuro virá provar o contrário”.
 
Personalidade muito próxima de Xanana afirma que “esta decisão é como uma bofetada de luva branca para aqueles que têm caluniado Xanana ao longo de todos estes anos.” E acrescenta que "quase tudo lhe chamaram (a Xanana), desde golpista a corrupto, até traidor, mas agora nem sabem o que dizer e escondem-se perante as evidências das suas mentiras e calúnias". (Redação PG)
 
Xanana Gusmão deixa cargo de primeiro-ministro em breve
 
09 de Janeiro de 2014, 16:39
 
Díli, 09 jan (Lusa) - O primeiro-ministro de Timor-Leste vai abandonar o cargo em breve, disse hoje Xanana Gusmão à agência Lusa, depois de se ter despedido do Parlamento Nacional, durante a discussão do Orçamento do Estado.
 
"Depois deste orçamento", afirmou Xanana Gusmão, sem precisar uma data, quando questionado pela Lusa sobre o momento em que vai apresentar a demissão do cargo de primeiro-ministro.
 
No início do seu discurso para apresentar o Orçamento do Estado de 2014, Xanana Gusmão despediu-se dos deputados do Parlamento Nacional: "É com todo o respeito que me dirijo, e pela última vez na qualidade de primeiro-ministro, a esta que é por excelência a casa mãe da nossa democracia", afirmou.
 
Em novembro, Xanana Gusmão já tinha afirmado à Lusa que deixaria de assumir funções de primeiro-ministro até 2015 para passar as competências para as novas gerações.
 
"Já é uma decisão. Vou sair até 2015. Para passar, transferir as competências e a capacidade de pensar à nova geração", afirmou à Lusa Xanana Gusmão, que ocupa o cargo de chefe de Governo do desde agosto de 2007, depois de um mandato como Presidente da República.
 
O ex-líder da resistência timorense voltou a assumir o cargo de chefe do Governo em agosto de 2012, após o partido de que é fundador, Conselho Nacional da Reconstrução de Timor-Leste, ter ganho as eleições legislativas.
 
"Eu já dei tudo o que pude dar. Vamos ajudar mais em termos de consolidar a visão sobre o futuro. Não vamos imiscuir-nos nos trabalhos do dia-a-dia, para eles sentirem a responsabilidade e que são responsáveis pelos seus atos", salientou na altura.
 
A imprensa timorense tem avançado o mês de setembro para Xanana Gusmão apresentar a demissão.
 
MSE // HB
 
Partido de PM timorense respeita decisão de demissão, mas preferia que fosse mais tarde
 
09 de Janeiro de 2014, 20:45
 
Díli, 09 jan (Lusa) - O secretário-geral do Conselho Nacional de Reconstrução de Timor-Leste, Dionísio Babo, disse hoje que o partido respeita, mas não concorda, com a intenção do primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, de abandonar o cargo tão cedo.
 
"Nós respeitamos, mas o CNRT não concorda com a demissão tão cedo", disse o secretário-geral do partido presidido e fundado por Xanana Gusmão.
 
Dionísio Babo explicou à agência Lusa que a intenção do primeiro-ministro "não é uma surpresa", porque desde o início da atual governação que já tinha anunciado que não iria completar o ciclo governativo.
 
Segundo Dionísio Babo, o CNRT tem discutido a posição de Xanana Gusmão e apresentado vários cenários, mas, "infelizmente, o primeiro-ministro está determinado em deixar o cargo".
 
O secretário-geral do CNRT explicou também que está a ser elaborado "um pacote de ideias entre o primeiro-ministro, Mari Akatiri, José Ramos-Horta e Lu Olo e possivelmente outros líderes históricos para se preparar uma transição pacífica para a nova geração, principalmente na parte executiva da governação".
 
"Aqueles líderes históricos serão conselheiros e supervisores", disse.
 
Sobre a substituição do primeiro-ministro Xanana Gusmão, Dionísio Babo disse que o CNRT deve ouvir os membros da coligação, porque não é o único partido no Governo.
 
O Partido Democrático, do vice-primeiro-ministro, Fernando La Sama de Araújo, e a Frente Mudança, do atual chefe da diplomacia do país, José Luís Guterres, são as outras formações partidárias que integram o atual Governo timorense.
 
O primeiro-ministro de Timor-Leste disse hoje que vai abandonar o cargo em breve, em declarações à agência Lusa depois de se ter despedido do Parlamento Nacional, durante a discussão do Orçamento do Estado.
 
"Depois deste orçamento", afirmou Xanana Gusmão, sem precisar uma data, quando questionado pela Lusa sobre o momento em que vai apresentar a demissão do cargo de primeiro-ministro.
 
No início do seu discurso para apresentar o Orçamento do Estado de 2014, Xanana Gusmão despediu-se dos deputados do Parlamento Nacional: "É com todo o respeito que me dirijo, e pela última vez na qualidade de primeiro-ministro, a esta que é por excelência a casa mãe da nossa democracia", afirmou.
 
Em novembro, Xanana Gusmão já tinha afirmado à Lusa que deixaria as funções de primeiro-ministro até 2015 para passar as competências para as novas gerações.
 
Xanana Gusmão ocupa o cargo de chefe de Governo desde agosto de 2007, depois de um mandato como Presidente da República.
 
O ex-líder da resistência timorense voltou a assumir o cargo de chefe do Governo em agosto de 2012, após o CNRT ter ganhado as eleições legislativas.
 
MSE // VM - Lusa
 
Fretilin diz que não vai exigir eleições antecipadas após saída de PM timorense
 
09 de Janeiro de 2014, 20:57
 
Díli, 09 jan (Lusa) - O secretário-geral da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente disse hoje que a substituição de Xanana Gusmão como primeiro-ministro será difícil, mas que a Fretilin vai deixar que o ciclo governativo se complete, afastando a hipótese de eleições antecipadas.
 
"Sei que será uma substituição difícil, particularmente se a estrutura orgânica do Governo se mantiver. É um Governo muito pesado, cheio de contradições, de sobreposições de competências e disfuncional", afirmou à agência Lusa Mari Alkatiri.
 
Questionado sobre possibilidade de a saída de Xanana Gusmão provocar eleições antecipadas, o secretário-geral da Fretilin afastou a hipótese e disse que a postura do seu partido é de "deixar que o ciclo governativo se complete".
 
"Isso também faz parte de uma cultura democrática que queremos imprimir neste país", salientou, defendendo que a saída de Xanana Gusmão deve também implicar uma remodelação profunda na estrutura do Governo.
 
Sobre a data de setembro, anunciada pela imprensa, para a eventual saída do primeiro-ministro, Mari Alkatiri disse que foi ele próprio quem a avançou.
 
"Foi uma sugestão minha para não apressar, porque é preciso que se garanta essa transição de uma forma suave, sustentável e porque é preciso haver outras legislações, porque o que a dita geração velha vai desempenhar não pode ser informal, tem de ter um caráter legal e formal", disse, acrescentando que o primeiro-ministro não deverá sair imediatamente após a aprovação do Orçamento do Estado no parlamento.
 
O CNRT disse hoje que está a ser elaborado um pacote de ideias entre Xanana Gusmão, Mari Alkatiri, José Ramos-Horta, antigo chefe de Estado, e Lu Olo, presidente da Fretilin, para uma transição pacífica para a nova geração. Aqueles líderes históricos serão conselheiros e supervisores.
 
Segundo Mari Alkatiri, Xanana Gusmão chegou à conclusão que já é tempo de a geração de 1974-75 se colocar em "cima da montanha e ter uma visão global do país".
 
"Essa proposta, já a tinha apresentado em 2007. Levou algum tempo para o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, entender isso, levou algum tempo para o ex-Presidente da República Ramos-Horta também entender isso", disse.
 
A Fretilin é o único partido da oposição com representação parlamentar em Timor-Leste, mas em 2013 votou a favor do Orçamento do Estado, que passou por unanimidade no parlamento nacional.
 
O primeiro-ministro de Timor-Leste anunciou hoje que vai abandonar o cargo em breve, em declarações à agência Lusa depois de se ter despedido do Parlamento Nacional, durante a discussão do Orçamento do Estado.
 
"Depois deste orçamento", afirmou Xanana Gusmão, sem precisar uma data, quando questionado pela Lusa sobre o momento em que vai apresentar a demissão do cargo de primeiro-ministro.
 
No início do seu discurso para apresentar o Orçamento do Estado de 2014, Xanana Gusmão despediu-se dos deputados do Parlamento Nacional: "É com todo o respeito que me dirijo, e pela última vez na qualidade de primeiro-ministro, a esta que é por excelência a casa mãe da nossa democracia", afirmou.
 
MSE // VM - Lusa
 
Partidos da coligação do Governo timorense dizem confiar na decisão de PM em abandonar cargo
 
09 de Janeiro de 2014, 21:16
 
Díli, 09 jan (Lusa) -- Os líderes de dois dos partidos que integram a coligação do Governo timorense manifestaram hoje confiança na decisão do primeiro-ministro, Xanana Gusmão, em abandonar o cargo.
 
O presidente do Partido Democrático (PD), Fernando La Sama de Araújo, que no atual Governo timorense ocupa o cargo de vice-primeiro-ministro, disse hoje que confia nas decisões de Xanana Gusmão
 
"Eu já afirmei uma vez que tenho muita confiança nas decisões do primeiro-ministro tal como tive no tempo da resistência, também tenho no processo da reconstrução do novo Estado", afirmou o presidente do PD.
 
Segundo Fernando La Sama de Araújo, Xanana Gusmão nunca falhou nas suas decisões e por isso a "decisão dele é o melhor para Timor-Leste".
 
Por seu lado, o líder da Frente Mudança, José Luís Guterres, que é o chefe da diplomacia no Governo timorense, afirmou que a nova geração já está no poder.
 
 
"A nova geração já está no poder. O Presidente da República é da nova geração, aqui no parlamento nacional a maioria é da nova geração, assim como 97 por cento dos membros do governo são da nova geração", afirmou o presidente da Frente Mudança, José Luís Guterres.
 
A Frente Mudança, juntamente com o PD e o Conselho Nacional da Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), de Xanana Gusmão, constituem a coligação governamental, que tomou posse em agosto de 2012.
 
"Devo dizer que ele tem falado sobre isso já há algum tempo. A minha posição tem sido sempre de que ele continua a ter muita energia, inteligência e visão estratégica para continuar a conduzir os destinos deste país", acrescentou José Luís Guterres.
 
Xanana Gusmão anunciou hoje que vai deixar em breve o cargo de primeiro-ministro de Timor-Leste, depois de dizer durante o discurso de abertura do debate do orçamento de Estado para 2014 que era a última vez que se dirigia ao hemiciclo como chefe do executivo do país.
 
Em novembro, o primeiro-ministro timorense já tinha afirmado à agência Lusa que iria deixar o poder até 2015 para dar espaço para a geração mais nova assumir a liderança do país.
 
MSE // VM - Lusa
 

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