terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Angola-Cuba: JORGE RISQUET EM LUANDA

 

Kumuenho da Rosa – Jornal de Angola

O Presidente José Eduardo dos Santos recebeu ontem em audiência, Jorge Risquet Valdes, dirigente histórico do Partido Comunista Cubano, portador de uma mensagem do Chefe de Estado do seu país, Raul Castro, e outra de Fidel Castro
Na audiência, que durou cerca de uma hora, foram trocadas impressões sobre vários aspectos das relações entre Angola e Cuba e revisitadas memórias de um dos períodos mas decisivos da História recente de Angola e da África Austral.

Em trânsito para Havana, proveniente do Congo, onde participou na cerimónia de aniversário dos 25 anos do Protocolo de Brazzaville, Jorge Risquet Valdes teve um papel activo no processo de negociações políticas para a paz e a estabilidade na África Austral que permitiram a aplicação da resolução 354 das Nações Unida sobre a independência da Namíbia. Jorge Risquet Valdes integrou, pelo lado cubano, a frente comum contra o regime segregacionista sul-africano ao lado do Executivo e da direcção da SWAPO, principal movimento de libertação da Namíbia, então ocupada ilegalmente pela África do Sul.

O dirigente do Partido Comunista Cubano sublinhou a importância do Protocolo de Brazzaville, assinado ao fim de uma “longa jornada negocial”, com Angola e Cuba, de um lado, e a África do Sul e Estados Unidos, do outro.

“Foi a última de 13 reuniões quadripartidas, antes dos Acordos de Nova Iorque, nas quais estávamos ao lado dos companheiros angolanos e os norte-americanos a negociar ao lado dos sul-africanos”, disse. O Protocolo de Brazzaville, continuou a recordar, criou as bases para os Acordos de Nova Iorque que defiram os moldes da retirada das tropas cubanas de Angola, da independência da Namíbia e da libertação de Nelson Mandela, então o preso político mais famoso do mundo, num quadro de declínio do apartheid. As festividades do 25º aniversário do Protocolo de Brazzaville estiveram marcadas para 13 de Dezembro, mas foram adiadas devido à morte de Nelson Mandela em 5 de Dezembro.

Foto: Francisco Bernardo
 

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