domingo, 23 de fevereiro de 2014

Guiné Equatorial: Adesão é "grande passo" para afirmação da CPLP - PM de Cabo Verde




Cidade da Praia, 21 fev (Lusa) - A recomendação para a adesão da Guiné Equatorial como membro de pleno direito na CPLP, decidida na quinta-feira em Maputo, é um "grande passo" para a afirmação e desenvolvimento da comunidade lusófona, defendeu hoje o primeiro-ministro cabo-verdiano.

Em declarações à agência Lusa, após o encerramento do Fórum Nacional de Saúde, que decorreu hoje na Cidade da Praia, José Maria Neves disse acreditar que, no futuro, as reformas políticas, económicas e sociais em curso, irão beneficiar a Guiné Equatorial e a própria Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

"Acho que representa um grande passo. Tenho dito que a presença da Guiné Equatorial na CPLP é estratégica para a afirmação e para o desenvolvimento da comunidade", afirmou o chefe do executivo de Cabo Verde.

"Quero também reafirmar o princípio de que a presença da Guiné Equatorial poderá contribuir para a aceleração das reformas políticas, económicas e sociais nesse país e constituir um fator extraordinariamente importante para as liberdades, democracia e desenvolvimento" equato-guineense, acrescentou.

Para José Maria Neves, a confirmar-se a adesão, recomendada na quinta-feira no Conselho de Ministros da CPLP e que será analisada e votada na Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da organização, a realizar em julho próximo, em Díli, haverá vantagens mútuas.
"É importante que esta presença possa contribuir, por um lado, para o alargamento e a projeção internacional da CPLP e, por outro, para o desenvolvimento global da Guiné Equatorial", sustentou.

Questionado pela Lusa sobre ainda existir a sentença de pena de morte na Guiné Equatorial, apesar de prometida uma moratória na aplicação, José Maria Neves desdramatizou a questão, alegando que o regime de Teodoro Obiang Nguema está a proceder a reformas e que não pode resolver todos os problemas de uma só vez.

"Temos de considerar que a Guiné Equatorial é um país que está em reformas e que todas as questões não podem ser colocadas e resolvidas a um tempo. É preciso que, gradualmente, haja um caminho, um roteiro, para a realização dessas reformas. Penso que será esse o futuro da Guiné Equatorial, a abolição da pena de morte", respondeu.

JSD // VM - Lusa

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