A Polícia da
República de Moçambique (PRM) garante que os grupos armados da Renamo já
abandonaram completamente a província de Inhambane, no sul do país, segundo o
jornal estatal Notícias.
Maputo - A Polícia
da República de Moçambique (PRM) garante que os grupos armados da Renamo,
principal partido da oposição e antigo movimento rebelde, já abandonaram
completamente a província de Inhambane, no sul do país, segundo o jornal
estatal Notícias.
"As Forças de
Defesa e Segurança, com grande participação das comunidades, já fizeram limpeza
na floresta e não há vestígios de existência de homens armados da Renamo na
província de Inhambane. A vida voltou à normalidade, as escolas estão a funcionar,
os professores e técnicos da Saúde estão a desempenhar as suas actividades
normalmente, as populações que tinham abandonado as suas zonas de origem em
Catine e Pembe, no distrito de Homoíne, e em Pululo "A" e
"B", em Funhalouro, já estão a retornar às suas casas para começar as
colheitas da sua produção agrícola", disse o comandante da PRM em
Inhambane, Raul Ossufo Omar, citado pelo "Notícias".
Desde Abril do ano
passado, Moçambique vive um clima de tensão político- militar, caracterizado
por confrontos entre as Forças de Defesa e Segurança (FDS) e grupos armados da
Renamo, cujo saldo são várias dezenas de mortos.
Até finais do ano
passado, o principal palco desses confrontos era a província de Sofala, centro
do país, onde a Renamo possuía diversas bases. Contudo, em Janeiro último, os
homens do partido liderado por Afonso Dhlakama intensificaram a sua presença em
Inhambane, provocando a fuga generalizada da população em Homoíne,
particularmente nas localidades de Fanha-Fanha e Pembe, para procurar refúgio
seguro na vila sede do distrito.
Segundo o
"Notícias", os homens armados da Renamo abandonaram Catine em
debandada, escorraçados pelas FDS, e espalharam-se pela floresta em pequenos
grupos, avançando em direcção ao Save, em busca da saída para Gorongosa, na
província de Sofala.
O Comandante
Provincial da PRM explicou que as operações realizadas resultaram na captura de
oito homens armados, bem como a detenção de 95 pessoas suspeitas de ter ligação
com a presença dos grupos da Renamo em Inhambane.
"Apertámos o
cerco com o objectivo de estancar qualquer tentativa de penetração de homens
armados. As Forças de Defesa e Segurança tomaram posições e estão a fazer
movimentações regulares em todos os pontos da província. A base foi tomada
pelas nossas forças e tudo está sob controlo das autoridades", disse.
África 21, com agência
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