segunda-feira, 7 de abril de 2014

Primeiro-ministro santomense responsabiliza Europa por miséria em África




São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) - O primeiro-ministro santomense, Gabriel Costa, culpabilizou a Europa pela miséria de África resultante da colonização, da dominação e da exploração dos recursos do continente africano.

“A Europa tem uma dívida para com África. Nós sabemos que algumas das misérias que vivemos no continente africano se devem à forma de colonização, de dominação e de exploração dos nossos recursos por parte dos países europeus", afirmou Gabriel Costa à imprensa no aeroporto internacional de São Tomé no seu regresso sábado de Bruxelas (Bélgica) onde participou na Cimeira União Europeia (UE)-África.

Gabriel Costa disse que a parceria existente entre a Europa e África visa “a  reparação de algumas coisas que foram mal feitas no passado, do redimensionamento de políticas e sobretudo do estabelecimento entre os dois nossos continentes”.

Ele considerou “positiva” a cimeira, que avaliou os programas em curso em diferentes estados do continente, resultante do encontro de Tripoli (Libia) em 2010, como por exemplo, a redução da pobreza, a fome, mudanças climáticas, boa governação e crecimento económico.

Segundo ele, a cimeira debateu igualmente a questão da emigração ilegal por parte dos jovens que "não encontram esperança de vida nos seus respetivos paises, devido ao problema de desemprego aliado à situação económica".

“É preciso que fixemos as pessoas através de programas de transferência de tecnologias para que se evite o espetáculo que temos assistido com mortes de pessoas que procuram entrar na Europa por todos os meios”, sublinhou.

Gabriel Costa disse que a cimeira concluiu que se torna “necessário que os governantes africanos governem com os olhos postos nos seus povos porque a má governação tem consequências negativas”.

O primeiro-ministro santomense afirmou que a com a crise que a Europa vive atualmente observa-se uma mudança de paradigma na coperação com África, indicando que “os Europeus contam também receber os apoios do continente africano”.

Panapress

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