domingo, 22 de junho de 2014

China "tem provas" de apoio externo a atos terroristas




Pequim, 22 jun (Lusa) -- As autoridades chinesas "têm provas" de que os grupos terroristas que atuam no interior do país contam com o apoio de organizações no exterior, especialmente oriundos de países como o Paquistão e Afeganistão.

De acordo com o vice-presidente da Universidade de Segurança Pública da China, um centro especializado na formação das forças de segurança do país, Li Jianhe, a maioria das pessoas que organizam ou participam em atentados terroristas dentro das fronteiras da República Popular "foram treinadas no exterior".

"Também fornecem as 'ferramentas' necessárias, os conhecimentos e até financiamento para encetarem os taques", assegurou o perito numa conferência de imprensa no seio da terceira edição do Fórum Mundial da Paz, que decorre este fim-de-semana na capital chinesa.

O mesmo responsável explicou que, "atualmente não existe nenhum grupo terrorista bem organizado dentro das fronteiras da China" e garantiu que o Movimento Islâmico do Turquestão Oriental -- a organização a que as autoridades chinesas atribuem a maioria dos ataques na China -- "é influenciado pela Al-Qaida e tenta infiltrar-se no país".

Nos últimos anos a China sofreu numerosos ataques e atentados dentro do seu território, especialmente na região autónoma de Xinjiang, noroeste do país, onde segundo Pequim há grupos extremistas, muitos deles dirigidos por membros de etnia uigure que reivindicam a independência do território.

Nos últimos cinco anos o número de vítimas relacionadas com confrontos com as autoridades e estes grupos ou por ataques é de cerca de 400.

No entanto, nos últimos meses alguns ataques aconteceram fora da região autónoma de Xinjiang o que levou as autoridades a lançar uma campanha antiterrorista e a aumentar a vigilância no país.

Li Jianhe defendeu, por isso, maior cooperação internacional para combater o problema, sublinhou que o Governo chinês faz o possível para acabar com atividades terroristas e considerou que "se falhar a cooperação internacional" não pode ser descartada a existência de grupos organizados no interior da China.

JCS // JCS - Lusa

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