quarta-feira, 11 de junho de 2014

CIMEIRA DOS BRICS EM JULHO NO BRASIL




A sexta Cimeira dos BRICS - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - reúne-se em 15 de Julho, em Fortaleza, com a presença dos Presidentes da América do Sul.

No encerramento da cimeira, no dia seguinte, no Palácio Itamaraty, os líderes sul-americanos são convidados a apresentar a perspectiva sobre o tema da reunião, "Crescimento Inclusivo: Soluções Sustentáveis". 

O convite aos líderes regionais, novidade nas cimeiras dos BRICS, faz parte da estratégia de aproximação aos países não membros e dá prioridade aos em desenvolvimento.

O professor de economia política internacional da Universidade de Brasília Roberto Menezes salientou que a novidade é uma vitória da diplomacia brasileira e uma grande contribuição dos outros países dos BRICS.

A iniciativa, prosseguiu, reforça o papel do Brasil como líder regional num momento de estagnação das negociações do processo de integração sul-americana.

O Brasil é o único país do bloco a ser até agora pela segunda vez sede da reunião  dos Chefes de Estado dos BRICS e palco de duas importantes decisões. 

A expectativa dos governos do grupo é que até 15 de Julho esteja tudo pronto para a assinatura do Tratado Constitutivo do Contingente de Reservas, que institui um fundo no valor de cem mil milhões de dólares para auxiliar os membros que possam vir a passar por situações delicadas nas balança de pagamentos. O fundo de reservas internacionais conta com 41 mil milhões de dólares da China, 18 mil milhões do Brasil, Rússia e Índia e cinco mil milhões da África do Sul.

 O acordo para a criação do banco de desenvolvimento BRICS também é assinado em Brasília. 

O banco, com um orçamento de cem mil milhões de dólares, com contribuições fiscais  iguais entre os países-membros, deve entrar em funcionamento dentro de dois anos, pois precisa da aprovação dos cinco Estados, da definição das regras internas e do recebimento do pagamento inicial, que deve ser  de 50 mil milhões de dólares, dos quais dez mil milhões em dinheiro e o restante em garantias.

O banco, cuja criação é discutida pelos BRICS há dois anos, destina-se a satisfazer as necessidades não contempladas totalmente pelas grandes instituições financeiras mundiais, como financiamentos de projectos de infra-estrutura e desenvolvimento sustentável em países em desenvolvimento. 

Os últimos pormenores dos dois acordos devem ser acertados no fim do mês, em Melbourne, Austrália, numa reunião paralela ao encontro de representantes das finanças e dos bancos centrais do G20 e se necessário outra vez em 14 de Julho, em Fortaleza, na reunião antes da cimeira entre os ministros das Finanças e os presidentes de bancos centrais dos países do BRICS.

Jornal de Angola – foto AFP

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