Uma
decisão que deverá levar apenas alguns dias. A razão é a falta de rendimento
escolar. Os alunos não estudaram nem 20% da matéria estipulada para um ano. A
culpa é das sucessivas greves dos professores sem salários.
Professores
guineenses da rede pública reclamam o pagamento de salários em atraso e a
melhoria das condições de trabalho. Ao todo, são necessários mais de cinco
milhões de euros para pagar as dívidas aos docentes. A frustração resultou na
paralização dos profissionais.
Ao
longo do ano, o governo de transição não conseguiu pagar as despesas do setor e
solicitou apoio ao Banco Mundial, que iniciou o pagamento dos salários em janeiro. Mas ainda
assim, o país continuou a registrar greve de professores.
Razões
políticas
Laureano
Pereira, representante dos alunos guineenses, diz que não há condições técnicas
para validar o último ano letivo.
Os
professores acusam o Banco Mundial de não cumprir o acordo assinado com o
Governo de transição para a efetuação dos salários de janeiro a junho deste
ano. O Banco Mundial responde que muitos dos professores e funcionários não têm
conta bancária.
Mas
o presidente Serifo Nhamadjo afirma que os professores e os alunos não
colaboraram por questões políticas. Ele desabafa dizendo que não entende por
que há resistência dos professores, se foi sugerido a todos que abrissem contas
bancárias. "Também não entendo por que os alunos não comparecem às escolas
quando se levantam as greves", complementa.
No
ano letivo 2013/2014, houve mais dias de greve do que de aulas nas escolas do
Estado.
Deutsche
Welle – Autoria: Braima Darame (Bissau) – Edição: Bettina Riffel /
António Rocha
Sem comentários:
Enviar um comentário