Pequim, 16 jun
(Lusa) - Treze pessoas condenadas por "terrorismo e outros atos de
violência" foram executadas na região de Xinjiang, no noroeste da China,
divulgou hoje a agência noticiosa oficial Nova China.
Estas pessoas
estavam envolvidas em sete processos diferentes, referiu a notícia da agência
estatal datada a partir de Urumqi, capital de Xinjiang, região conturbada de
população maioritariamente uigur, etnia muçulmana de ascendência turca.
"Num dos
casos, três dos acusados foram condenados por ter organizado e liderado ataques
terroristas contra uma esquadra de polícia, um hotel, um edifício com
escritórios governamentais e outros locais, que provocaram a morte de 24
polícias e civis, 23 feridos, na cidade de Lukqun (...) a 26 de junho do ano
passado", indicou a agência noticiosa, sem fornecer mais pormenores.
Algumas horas antes
da divulgação desta informação, a televisão pública chinesa CCTV noticiou que
três réus, acusados de serem cúmplices de um atentado suicida perpetrado em
2013 na praça de Tiananmen, em Pequim, tinham sido hoje condenados à pena de
morte.
Outros quatro réus
foram condenados a penas entre os cinco anos e os 20 anos de prisão. Um quinto
réu foi condenado a prisão perpétua.
A praça de
Tiananmen, no centro de Pequim, foi cenário a 28 de outubro de 2013 de um
atentado perpetrado, segundo a polícia, por três extremistas de etnia uigur,
provenientes da região de Xinjiang.
Um homem, a sua
mulher e a sua sogra embateram com um carro carregado com barris de gasolina
contra a entrada da Cidade Proibida, junto ao retrato do líder histórico Mao
Tse-tung.
O ataque suicida
fez um total de cinco mortos e 40 feridos, nomeadamente entre os turistas que
visitavam na altura o local.
Desde o atentado em
Tiananmen, as autoridades chinesas têm atribuído aos uigures de Xinjiang outros
ataques, incluindo um ataque com arma branca na estação de comboios de Kunming,
que fez 29 mortos e 140 feridos, e outro no mês passado num mercado de Urumqi,
com 43 mortos e uma centena de feridos.
Os uigures, entre
os quais despontou recentemente uma ala radical, afirmam que são excluídos do
forte crescimento económico impulsionado pelos investimentos de Pequim, mas também
reprimidos devido à sua religião e cultura.
SCA // APN - Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário