terça-feira, 17 de junho de 2014

Treze pessoas executadas por "terrorismo e atos de violência" na China




Pequim, 16 jun (Lusa) - Treze pessoas condenadas por "terrorismo e outros atos de violência" foram executadas na região de Xinjiang, no noroeste da China, divulgou hoje a agência noticiosa oficial Nova China.

Estas pessoas estavam envolvidas em sete processos diferentes, referiu a notícia da agência estatal datada a partir de Urumqi, capital de Xinjiang, região conturbada de população maioritariamente uigur, etnia muçulmana de ascendência turca.

"Num dos casos, três dos acusados foram condenados por ter organizado e liderado ataques terroristas contra uma esquadra de polícia, um hotel, um edifício com escritórios governamentais e outros locais, que provocaram a morte de 24 polícias e civis, 23 feridos, na cidade de Lukqun (...) a 26 de junho do ano passado", indicou a agência noticiosa, sem fornecer mais pormenores.

Algumas horas antes da divulgação desta informação, a televisão pública chinesa CCTV noticiou que três réus, acusados de serem cúmplices de um atentado suicida perpetrado em 2013 na praça de Tiananmen, em Pequim, tinham sido hoje condenados à pena de morte.

Outros quatro réus foram condenados a penas entre os cinco anos e os 20 anos de prisão. Um quinto réu foi condenado a prisão perpétua.

A praça de Tiananmen, no centro de Pequim, foi cenário a 28 de outubro de 2013 de um atentado perpetrado, segundo a polícia, por três extremistas de etnia uigur, provenientes da região de Xinjiang.

Um homem, a sua mulher e a sua sogra embateram com um carro carregado com barris de gasolina contra a entrada da Cidade Proibida, junto ao retrato do líder histórico Mao Tse-tung.

O ataque suicida fez um total de cinco mortos e 40 feridos, nomeadamente entre os turistas que visitavam na altura o local.

Desde o atentado em Tiananmen, as autoridades chinesas têm atribuído aos uigures de Xinjiang outros ataques, incluindo um ataque com arma branca na estação de comboios de Kunming, que fez 29 mortos e 140 feridos, e outro no mês passado num mercado de Urumqi, com 43 mortos e uma centena de feridos.

Os uigures, entre os quais despontou recentemente uma ala radical, afirmam que são excluídos do forte crescimento económico impulsionado pelos investimentos de Pequim, mas também reprimidos devido à sua religião e cultura.

SCA // APN - Lusa

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