Mário
Motta, Lisboa
Desculpem
se pronuncio e escrevo mal os efes e soam a pês. Não é defeito mas sim feitio e
talvez respeito pelos que aqui vêm. Talvez nem devesse escrever nadinha, porque
no título PIOR
QUE ASSALTAR UM BANCO É FUNDAR UM - artigo de opinião de Ramos de Almeida,
no jornal i, muito está dito. Talvez, com outras ou as mesmas palavras acabe
por estar por aqui a bater mais no ceguinho sem que lhe faça mossa. Talvez.
Talvez
seja ironia perguntar se Cavaco Silva e outros da oligarquia que nos pode não
terá, não terão, interesses em “aplicações” no BES – Cavaco disse em tempos que
sim, que tinha aplicações no BPN e ramificações, como em outros bancos. Talvez
seja só ironia e curiosidade. Talvez. Pior será se viermos a constatar que quem vai
pagar a desbunda dos Salgados Espíritos e Santos Ámen serão os mesmos de sempre,
porque a oligarquia pode-nos sem contemplações, impondo-nos a coluna e deveres
do Deve enquanto se sacia com o Haver. Talvez que estas sensações e constatações
nem sejam correspondentes à realidade e tudo não passe de mau-feitio da minha
parte e de outros más-línguas...
Talvez
que até nem seja fundamentada a sensação de que o supervisor Banco de Portugal
serve os interesses errados e diz que está tudo ou quase tudo bem nas hostes
dos seus amigos banqueiros e seus bancos, quando não está. Vítor Constâncio, então
governador do Banco de Portugal, assim deixou essa impressão… ou certeza. Viu-se.
Vê-se. Talvez Carlos Costa, atual governador, esteja na mesma pose. Vamos ver. Vamos? Talvez.
E
a Justiça. Talvez justiça. Dominada e ao serviço da oligarquia da pátria do cifrão, talvez.
Os portugueses pouco nela confiam. De certeza que um sem-abrigo que se apodere
indevidamente de um chocolate ou outra cousa mixuruca e lhe caia nas garras
leva para contar. Mas um banqueiro com cambalachos de milhões ou um político da
oligarquia com telhados de vidro e défice de transparência dos bens que adquire e possui,
quase sempre, ou sempre, safa-se. O seu
mal são batatas, desde que pertença aos espíritos e aos santos dos do “arco da
governação”.
E
assim, talvez, neste interminável carrossel que rodopia e põe milhões de portugueses
tontos, anestesiados, a oligarquia pode-nos à grande, com a certeza de que
os tontos votam sempre neles e lhes entrega maiorias de facto ou manipuláveis.
O que acontece há mais de trinta anos porque o rodopio é tal que a tontaria
prevalece ao ponto de passar a grave cegueira.
Por favor. Não nos podam mais, desta vez com os descalabros do BES e associados - sejam insossos ou salgados. Talvez... Certo é que esta oligarquia nos pode. E pode.
Por favor. Não nos podam mais, desta vez com os descalabros do BES e associados - sejam insossos ou salgados. Talvez... Certo é que esta oligarquia nos pode. E pode.
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