Sydney,
Austrália, 29 jul (Lusa) -- O primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott,
disse hoje que vai intensificar a pressão para garantir o acesso dos
investigadores à zona do leste da Ucrânia onde se encontram os destroços do
avião derrubado da Malaysia Airlines.
Os
combates intensificaram-se nas últimas horas nas imediações do local onde caiu
o avião, impedindo que especialistas holandeses e australianos visitassem a
zona devido aos intensos tiroteios.
Abbott
mostrou-se "frustrado" depois de os investigadores terem sido
forçados a regressar a Donetsk quando se encontravam a 12 quilómetros dos
destroços do avião devido a intensos bombardeamentos, apesar de ter sido
acordado um cessar-fogo e a criação de um corredor humanitário.
"Os
separatistas, os russos, todos eles se comprometeram a um cessar-fogo para
facilitar um corredor humanitário para que a nossa missão policial pudesse
passar", disse Abbott à Rádio Macquarie, frisando que "já é altura de
respeitar os acordos".
As
negociações em Kiev pela parte australiana estão encabeçadas pela ministra dos
Negócios Estrangeiros, Julie Bishop, e pelo enviado especial do
primeiro-ministro, Angus Houston.
Julie
Bishop disse, horas antes, que está a negociar com as autoridades de Kiev para
que permitam aos agentes da polícia federal australiana levarem armas.
O
voo MH17 da Malaysia Airlines, que fazia a ligação Amsterdão Kuala Lumpur com
298 passageiros e tripulantes a bordo, caiu na região de Donetsk, numa zona
controlada por rebeldes pró-russos, depois de ser atingido por um míssil a 17
de julho.
Entre
os passageiros havia 193 holandeses e 37 cidadãos e residentes australianos.
FV
(CMP) // FV - Lusa
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