Verdade
(mz)
Mais
de 180 agentes da Polícia de Guarda Fronteira que partiram das províncias de
Maputo e Gaza, a 25 de Junho último, para os distritos de Cheringoma,
Chibabava, Caia, Machanga, Búzi e Gorongosa, em Sofala, alegadamente para
controlar o tráfego em algumas estações ferroviárias e infra-estruturas
defender as populações dos ataques armados atribuídos à Renamo queixam-se de
terem sido deixados à sua própria sorte.
Refira-se
que a linha-férrea da Beira liga este ponto aos distritos de Dondo, Muanza,
Cheringoma e Caia. Deste último ponto até à província Tete. É uma via vital
para o transporte de passageiros, bens e mercadorias das empresas Vale
Moçambique, Riverisdale e Rio Tinto. A cidade da Beira e o distrito de Marromeu
estão igualmente ligados por uma linha-férrea.
Em
contacto com o @Verdade, alguns membros daquele grupo contaram que não percebem
qual é a necessidade de ser obrigados a deixar as cidades para viverem nas
matas em tempo de paz.
“Encontram-nos
numa localidade ou povoado cujo nome desconhecemos porque é a primeira vez que
estamos aqui. Não tivemos nenhuma explicação clara sobre a pertinência da nossa
permanência neste lugar mas sabemos que é devido à tensão político militar.
Segundo a população nem há ataques nestes lugares onde estamos. O que mais nos
inquieta é que não temos direito a nenhum subsídio por estarmos cá. Entendemos
que a nossa profissão é complicada e exige sacrifícios mas merecemos ser
tratados como gente”, disse-nos um dos polícias.
Outros
agentes da Polícia de Guarda Fronteira narraram que “nas zonas onde fomos
deixados é difícil manter contacto com alguém porque é uma mata e a rede das
telefonias móveis está má. Aqui só conseguimos ver pessoas quando passa um
comboio ou aquela gente que faz a manutenção da linha-férrea. Estamos numa mata
a passar mal, sem alimentação adequada nem água. Desde que saímos de Maputo no
dia 25 de Junho vivemos com base em peixe seco e chima”.
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