Numa
reação às declarações de Marques Mendes sobre o aumento do IVA, Passos Coelho
lembrou que o orçamento retificativo para 2014 não contempla medidas de
natureza fiscal. Já para 2015, o primeiro-ministro recusa antecipar cenários.
O
primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou hoje, em Valpaços, que o
orçamento retificativo para este ano não contempla matéria de natureza fiscal,
referindo, no entanto, que serão precisos ajustamentos no orçamento e rearrumar
a despesa dentro do Estado.
Na
próxima terça-feira o conselho de ministros reúne-se de forma extraordinária,
para fazer a avaliação do impacto da decisão do Tribunal Constitucional e tomar
decisões.
Passos
Coelho, que falava durante a inauguração da Casa do Vinho de Valpaços, afirmou
não estar «em sede de orçamento retificativo, em cima da mesa, matéria de
natureza fiscal».
«Não
conheço nenhuma declaração de nenhum membro do governo que aponte para a necessidade
de estar, nesta altura, a fazer uma discussão em torno do IVA. Não sei que
informação privilegiada é que possa existir por parte do Sr. DR. Marques
Mendes», disse.
Estas
declarações foram proferidas depois da insistência dos jornalistas para uma reação
do primeiro-ministro às afirmações do social-democrata Luís Marques Mendes, que
no seu comentário semanal na SIC, disse que a ministra das Finanças quer
aumentar o IVA de 23 para 24% já em outubro.
O
chefe do Governo sublinhou que não comenta comentadores políticos e referiu que
o Governo não «pré-anuncia medidas dessa natureza».
Já
para 2015, Passos Coelho recusou antecipar cenários e disse que esta é uma
discussão que o Governo ainda não teve.
«Como
sempre eu gosto de tomar uma atitude anti-demagógica. Era muito fácil dizer:
não há aumento de impostos. Mas eu não sei se isso é possível. Se o fizermos, é
porque não há outra possibilidade de atingir as nossas metas. Mas essa é uma
discussão que ainda não foi travada», explicou o chefe do Governo.
O
primeiro-ministro fez questão de sublinhar que o Governo tem feito «um combate
muito forte às chamadas gorduras do Estado», quer no domínio das parcerias
público-privadas, nas fundações ou das rendas da energia, que permitiram baixar
a despesa do Estado.
Referiu
ainda que os políticos mantiveram um corte acima de todos os outros de 5% nos
salários e no seu gabinete as despesas correntes diminuíram mais de 30%
comparado com os gabinetes anteriores.
TSF
Leia
mais em TSF
Sem comentários:
Enviar um comentário