domingo, 24 de agosto de 2014

Portugal: Impostos não aumentam em 2014 garante o primeiro-ministro




Numa reação às declarações de Marques Mendes sobre o aumento do IVA, Passos Coelho lembrou que o orçamento retificativo para 2014 não contempla medidas de natureza fiscal. Já para 2015, o primeiro-ministro recusa antecipar cenários.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou hoje, em Valpaços, que o orçamento retificativo para este ano não contempla matéria de natureza fiscal, referindo, no entanto, que serão precisos ajustamentos no orçamento e rearrumar a despesa dentro do Estado.

Na próxima terça-feira o conselho de ministros reúne-se de forma extraordinária, para fazer a avaliação do impacto da decisão do Tribunal Constitucional e tomar decisões.

Passos Coelho, que falava durante a inauguração da Casa do Vinho de Valpaços, afirmou não estar «em sede de orçamento retificativo, em cima da mesa, matéria de natureza fiscal».

«Não conheço nenhuma declaração de nenhum membro do governo que aponte para a necessidade de estar, nesta altura, a fazer uma discussão em torno do IVA. Não sei que informação privilegiada é que possa existir por parte do Sr. DR. Marques Mendes», disse.

Estas declarações foram proferidas depois da insistência dos jornalistas para uma reação do primeiro-ministro às afirmações do social-democrata Luís Marques Mendes, que no seu comentário semanal na SIC, disse que a ministra das Finanças quer aumentar o IVA de 23 para 24% já em outubro.

O chefe do Governo sublinhou que não comenta comentadores políticos e referiu que o Governo não «pré-anuncia medidas dessa natureza».

Já para 2015, Passos Coelho recusou antecipar cenários e disse que esta é uma discussão que o Governo ainda não teve.

«Como sempre eu gosto de tomar uma atitude anti-demagógica. Era muito fácil dizer: não há aumento de impostos. Mas eu não sei se isso é possível. Se o fizermos, é porque não há outra possibilidade de atingir as nossas metas. Mas essa é uma discussão que ainda não foi travada», explicou o chefe do Governo.

O primeiro-ministro fez questão de sublinhar que o Governo tem feito «um combate muito forte às chamadas gorduras do Estado», quer no domínio das parcerias público-privadas, nas fundações ou das rendas da energia, que permitiram baixar a despesa do Estado.

Referiu ainda que os políticos mantiveram um corte acima de todos os outros de 5% nos salários e no seu gabinete as despesas correntes diminuíram mais de 30% comparado com os gabinetes anteriores.

TSF

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