Cresce
o receio dos guineenses frente à epidemia nos países vizinhos
Lassana
Casamá – Voz da América
Bissau
- Numa altura em que foi detectado um caso de ébola em Boké, na Guiné-Conacri a
região mais próxima da Guiné-Bissau, na zona leste do país, cresce o receio dos
guineenses de Bissau sobre a propagação da epidemia no território
nacional.
O
facto deve-se à questionável capacidade da Guiné-Bissau em lidar com a
epidemia, que até aqui não atingiu o território nacional, mesmo sendo um dos
países que fazem fronteira com região afectada.
A
propósito, as autoridades norte-americanas e a Organização Mundial da
Saúde(OMS) manifestam-se preocupadas com o elevado risco que paira sobre a
Guiné-Bissau.
Face
a essa situação, a convite da Organização Mundial da Saúde, encontra-se em
Bissau o especialista do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA,
Alexandre Macedo.
De
origem brasileira e com a nacionalidade norte-americana, Macedo disse haver
medidas importantes que Guiné-Bissau deve tomar para prevenir e combater
eventuais casos de ébola.
Neste
memento, o apoio de Washington assenta no aspecto técnico, ressalvou Alexandre
Macedo, que está no terreno para avaliar com as autoridades sanitárias
guineenses as actuais medidas de prevenção.
Aquele
especialista argumentou ainda que a Guiné-Bissau representa razões de
preocupação por parte dos Estados Unidos de América e outros parceiros
internacionais.
Alexandre
Macedo, especialista americano do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos
EUA, que se encontra em Bissau, para uma série de reuniões com as autoridades
sanitárias nacionais.
Entretanto,
a Guiné-Bissau está à espera da vinda de uma equipa portuguesa para montar uma
estrutura de resposta rápida na capital.
Em
princípio, segundo fontes governamentais, está prevista a instalação de duas unidades
de prevenção: uma no Hospital Nacional “Simão Mendes” e outra no Hospital
Militar.
Nas
demais regiões, há já um dispositivo móvel na posse de Médicos Sem Fronteira,
referem ainda autoridades guineenses.
Entretanto,
e segundo observadores o cenário aponta para uma clara vulnerabilidade da
Guiné-Bissau em lidar com eventuais casos de ébola. Isto é, desde a falta do
rigor no fecho das fronteiras com a Guiné Conakry, até à inexistência de meios
materiais e unidades de contenção.
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