Governo
de Luanda mudou de posição depois de o PR ter dito que não mandava tropas para
Bangui.
Voz
da América
A
carta que o presidente angolano enviou ao Parlamento a manifestar a intenção
de enviar tropas à República Centro-Africana(RCA) era do conhecimento dos
deputados antes de ser tornado pública na semana passada durante a sessão de
abertura do ano parlamentar.
Segundo
declarou à VOA o deputado Benedito Daniel, do PRS, os chefes dos
grupos parlamentares foram os primeiros a saber da intenção presidencial, antes
do dia 15 de Outubro, durante uma audiência colectiva com o presidente da
Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos.
O
envio de tropas à RCA tinha sido acordado em Julho deste ano aquando de uma
vista de 24 horas à Luanda do primeiro-ministro André Nzapayéké, que avaliou a
possibilidade dessa operação com o presidente angolano José Eduardo dos Santos,
que lidera actualmente a Conferência Internacional dos Grandes Lagos.
André
Nzapayéké tinha já admitido ter pedido o envio de
tropas angolanas para o seu país, mergulhado numa profunda crise
político-militar.
O
Governo de Angola tem providenciado apoio financeiro e logístico às autoridades
de transição de Bangui, mas sempre excluiu qualquer envolvimento de
tropas até que o ministro das Relações Exteriores de Angola Georges
Chikoti admitiu em Nova
Iorque o envio uma missão para o terreno para avaliar a
possibilidade de uma força angolana seguir para Bangui.
Entretanto,
o deputado Lindo Bernardo Tito, da Casa-CE, defende que a África devia
continuar a optar pelo diálogo para a resolução dos conflitos ao invés da
guerra como meio para se alcançar a paz.
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