domingo, 28 de dezembro de 2014

China: A GRIPE, A LUTA CONTRA A CORRUPÇÃO E OS PROTESTOS EM HONG KONG




Hong Kong eleva alerta de gripe aviária após internamento de mulher em estado crítico

Hong Kong, China, 28 dez (Lusa) -- Hong Kong elevou hoje o nível de alerta de grive das aves depois do internamento de uma mulher em estado crítico, anunciaram as autoridades.

A doente de 68 anos foi hospitalizada no Dia de Natal, duas semanas depois de ter regressado da cidade chinesa de Shenzhen, no sul da China, onde tinha comido carne de frango.

Dez pessoas foram diagnosticadas em Hong Kong como sendo portadoras do vírus H7N9, uma nova estirpe da gripe aviária que matou mais de 170 pessoas desde que foi identificada em 2013.

Três dos dez infetados com o vírus H7N9 em Hong Kong morreram.

Segundo as autoridades, todas os infetados contrariaram o vírus no interior da China.

Hong Kong adotou um sistema de alerta para a gripe aviária, depois do surto em 2003 de SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave), que apresenta sintomas similares.

A epidemia da SARS afetou 1.800 residentes na antiga colónia britânica, causando 299 mortos.

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Ex-secretário e empresário de Hong Kong transferidos hoje para a prisão

Hong Kong, China, 27 dez (Lusa) -- O ex-secretário da Administração de Hong Kong Rafael Hui e o magnata do imobiliário Thomas Kwok, condenados esta semana por corrupção, foram hoje transferidos para a prisão de Stanley.

Rafael Hui e Thomas Kuok foram presos na terça-feira, juntamente com outros dois indivíduos, depois de terem sido condenados por corrupção. Os quatro saíram do Centro Lai Chi Kok para a prisão de Stanley pelas 09:15 locais (01:15 em Lisboa), em Hong Kong, noticia a Rádio e Televisão Pública de Hong KOng (RTHK).

O antigo número dois do governo de Hong Kong foi condenado a sete anos e meio de prisão por ter recebido subornos estimados em 20 milhões de dólares de Hong Kong (cerca de 2,1 milhões de euros).

Já o empresário foi sentenciado a cinco anos de prisão por ter dado a Hui 8,5 milhões de dólares de Hong Kong (cerca de 850 mil euros).

Dois intermediários que canalizaram mais de 11 milhões de dólares de Hong Kong (1,1 milhões de euros) para o ex-governante foram presos por cinco e seis anos.

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China enaltece Governo de Hong Kong por não ceder aos manifestantes

Pequim, 26 dez (Lusa) -- O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, elogiou hoje as autoridades de Hong Kong, após uma reunião com o líder do Governo da região em que enalteceu a manutenção da "estabilidade" em 2014, um ano marcado por protestos pró-democracia.

Pequim recusou quaisquer concessões aos manifestantes que ocuparam, durante mais de dois meses, algumas das principais zonas da cidade de Hong Kong, reivindicando eleições totalmente livres naquela região chinesa com elevado grau de autonomia.

A polícia desmantelou o último local dos protestos, a zona comercial de Causeway Bay, a 15 de dezembro, mas os manifestantes têm continuado a sair à rua e, durante duas noites consecutivas, desde a véspera de Natal, dezenas de pessoas foram detidas.

Na quinta-feira à noite, a polícia informou ter detido 37 pessoas por "reunião ilegal e danos criminosos", depois de, na noite anterior, ter detido 12 pessoas e usado gás pimenta e bastões para dispersar a multidão.

"A política do Governo central para Hong Kong não mudou nem vai mudar", disse Li Keqiang, durante uma reunião em Pequim com o chefe do executivo da antiga colónia britânica, Leung Chun-ying, também conhecido por CY Leung.

Numa declaração transmitida na televisão de Hong Kong, Li Keqiang afirmou: "O Governo central tem o seu trabalho [de CY Leung], e o trabalho do Governo de Hong Kong em elevada consideração".

"Durante este ano, acrescentou, disse que o Governo de Hong Kong não tinha medo das dificuldades e que estava unido na luta e se mantinha firme no seu trabalho e preservava acima de tudo a estabilidade em Hong Kong", acrescentou.

CY Leung, que chegou a Pequim na quinta-feira para a sua primeira visita oficial desde que os protestos foram desmantelados, agradeceu a Li Keqiang pelo apoio do Governo central.

Pequim insiste que os candidatos a chefe do Executivo de Hong Kong nas eleições de 2017 sejam pré-selecionados por um comité eleitoral.

Manifestantes pró-democracia consideram que o modelo de proposto vai resultar na eleição de um chefe do Executivo de Hong Kong controlado pelo Governo central.

Os acampamentos de protesto foram desmobilizados das principais artérias da cidade ocupadas por mais de dois meses, mas os manifestantes continuam a sair à rua e a fazer ouvir-se, em concentrações noturnas, designadamente na zona comercial de Mong Kok, designados informalmente pela expressão "ir às compras".

Grandes faixas foram colocadas em pontos de referência e mercados foram improvisados para a venda de objetos ligados ao movimento, e até há um "Ocuppy hotel" onde os hóspedes podem pagar para passar a noite numa tenda.

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Cerca de 30 detidos em segunda noite de novos protestos em Mong Kok

Hong Kong, China, 26 dez (Lusa) -- Cerca de 30 pessoas foram detidas em Hong Kong na segunda noite consecutiva em que manifestantes pró-democracia se concentraram na zona de Mong Kok, entoando cânticos a pedir o sufrágio universal, noticia hoje a RTHK.

Cerca de uma centena de pessoas, algumas com guarda-chuvas amarelos, reuniram-se na Tung Choi Street, perto do cruzamento com a Bute Street, de acordo com a Rádio e Televisão Pública de Hong Kong (RTHK).

A polícia reforçou o número de agentes na zona e formou cordões para tentar afastar as pessoas das estradas.

Agentes cercaram dezenas de pessoas e pediram-lhes a identificação antes de as deixarem ir embora. Algumas das pessoas a quem foi pedida a identificação eram transeuntes.

Mais tarde a polícia efetuou 30 detenções depois de populares terem entrado num edifício na zona, alegando que queriam usar a casa-de-banho.

Na noite de quarta-feira, a polícia deteve 12 pessoas e recorreu ao uso de gás pimenta e bastões para dispersar as pessoas concentradas em Sai Yeung Choi Street South e Nathan Road, no mesmo bairro de Mong Kok, na Península de Kowloon.

Manifestantes pró-democracia ocuparam algumas das principais artérias de Hong Kong, numa ação iniciada a 28 de setembro, para pedir eleições livres em 2017, e reagir contra a decisão de Pequim de que os candidatos a chefe do Executivo devem ser previamente selecionados por um comité eleitoral.

Mong Kok foi palco de alguns dos confrontos mais violentos durante os mais de dois meses de protestos de rua.

A zona comercial de Causeway Bay, na Ilha de Hong Kong, foi o último dos locais de protestos a ser desmantelado pelas autoridades, no dia 15 de dezembro.

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Campanha anticorrupção na China atingiu mais um vice-ministro

Pequim, 26 Dez (Lusa) - A campanha anticorrupção na China, considerada uma das mais persistentes e diversificadas das últimas décadas, atingiu mais um quadro dirigente com categoria de vice-ministro, anunciou hoje a Comissão Central de Disciplina do Partido Comunista Chinês.

Desta vez foi um vice-ministro da Administração Estatal da Indústria e Comércio, Sun Hongzhi, que, segundo aquela Comissão "está a ser investigado por suspeita de ter violado a disciplina do PCC e a lei".

Cerca de 60 quadros dirigentes chineses, entre os quais um antigo chefe da Segurança e um ex-vice-presidente da Comissão Militar Central, foram já atingidos pela campanha anticorrupção desencadeada pela nova liderança do PCC, há dois anos.

AC // FV

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