terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Portugal - BALSEMÃO. UM DOS DONOS DISTO QUER OS DIREITOS DA LIGA DE CAMPEÕES


Bocas do Inferno

Mário Motta, Lisboa

A RTP comprou os direitos de transmissão da Liga de Campeões. 18 milhões foi o preço arrematado. A partir daí rebentou a polémica. O governo diz que o serviço público de televisão não se deve meter nesse mercado. Um mamarracho inventado pelo governo (Conselho Geral Independente) faz força para que a admnistração da RTP seja destituída. Pela surra (ou talvez não) a SIC e a TVI querem os direitos de transmissão. Balsemão, o dono da SIC e um dos donos de Portugal e dos portugueses, aposta na pressão a Passos Coelho para puxar para si a transmissão da Liga de Campeões. Passos anda de braço dado com Balsemão e tem andado num corropio na SIC, lambendo botas ao DDT Balsemão – não aconteça um dia Balsemão ativar o modo de lhe pôr os patins.

Alberto da Ponte, presidente do Conselho de Administração da RTP, alega que “a proposta de destituição da administração da empresa feita pelo Conselho Geral Independente (CGI) “não está fundamentada”. E na realidade não está.

Há um braço de ferro em que Alberto da Ponte e a RTP precisam de muito músculo. O dono da SIC e disto tudo – incluindo o governo – apesar de velho está tonificado e tem todas as qualidades e experiência da eminência parda que quase sempre leva a água ao seu moinho, que é como quem diz: ao seu cofre, às suas contas bancárias. Para Balsemão a televisão pública quase não devia existir. A existir devia despojar-se de todos os conteúdos que à sua SIC possam fazer sombra. Pese embora a SIC existir por os seus trabalhadores pioneiros terem recebido a escola, formação e experiência profissional da televisão pública, Balsemão diz como Teresa Guilherme: “Isso agora não interessa nada”. Isto faz lembrar o filho que depois de crescer desata à cacetada à mãe, ao pai e aos irmãos. Mas que esperam? É Balsemão. E isso é sinónimo de glutão, de tio Patinhas ganancioso e avaro.

O senhor Balsemão Bilderberg tudo fará para tramar a RTP e, agora, o seu Conselho de Administração. Se ele puder porá lá uns monos naquela função e aí adeus televisão pública como ainda resta. Só o esforço e sabedoria dos profissionais da RTP tem contribuído para que a televisão pública não seja um grande descalabro. Com tantos no governo e suas ilhargas a quererem destruí-la a tarefa tem sido hérculea. Tem sido naquela casa que os melhores profissionais de televisão em Portugal se têm formado. Muitos já finados, outros aposentados, ainda outros nas “prateleiras”, e restantes no ativo na RTP ou nas televisões privadas. SIC e TVI.

Em todo este processo a TVI faz que assobia para o lado mas sabemos que está à coca, esperançada em apanhar umas sobras. É que por ali sabem muito bem que Balsemão também é dono do governo e do mamarracho que denominam de Conselho Geral Independente. Esse que propôs a demissão do Conselho de Administração da RTP. Para quê? Para ali colocar Balsemãozinhos?

Este governo de Passos-Portas-Cavaco, assim como as trupes que os cercam, estão apostados em vender e escavacar tudo que é público. A pátria deles é o cifrão e nada mais que isso. Quanto aos portugueses resta-lhes pagar com língua de palmo o erro monstruoso cometido nas eleições anteriores de entregar os poderes a um presidente da República e a um governo que trabalham em prol dos seus donos e não dos interesses do país e suas populações. A Pátria.

Sobram ainda os imensos que não chegaram a essa conclusão e até já decidiram que vão votar em mais do mesmo nas próximas eleições. Isso, defendam os interesses que vos são alheios para que Balsemão e o grande capital nem vos agradeça explorando-vos ainda mais e mantendo uma democracia de fachada que no tempo dos vosso netos deverá andar mais pelo nazismo puro, duro e desumano. Hajam Balsemões e Bilderbergs!

Fique com a notícia em que Alberto da Ponte até se porta menos mal.

Alberto da Ponte Destituição da administração da RTP "não está fundamentada"

O presidente do Conselho de Administração da RTP, Alberto da Ponte, afirmou hoje que a proposta de destituição da administração da empresa feita pelo Conselho Geral Independente (CGI) "não está fundamentada".

Alberto da Ponte está a ser ouvido na comissão parlamentar para a Ética, a Cidadania e a Comunicação, no âmbito da proposta da destituição da administração feita pelo CGI ao acionista único Estado, depois do órgão supervisor ter 'chumbado' duas vezes o Projeto Estratégico elaborado pela equipa de Alberto da Ponte.

Na sua intervenção inicial, Alberto da Ponte rejeitou que a administração da RTP tenha cometido algo ilícito
.
"A proposta de destituição não está fundamentada", disse, e classificou de "pura pirraça académica" a posição do CGI sobre o Projeto Estratégico não estar bem feito.

"Este caso, senão inédito, é inesperado. Reagiremos com todos os meios legais ao nosso alcance em defesa da honra, não aceitamos destituição com justa causa, porque não há", afirmou, adiantando que o "Governo não vai carimbar proposta de destituição injustificada", mas antes analisar e decidir em conformidade.

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