As zonas ribeirinhas dos distritos de Tambara, Chemba, Mutarara, Caia, Marromeu,
Mopeia, Morrumbala, Cheringoma e Marínguè estão em risco de inundações, e a
Direcção Nacional de Águas apela à população a manter-se em zonas seguras face
à possibilidade de agravamento do cenário.
Com
efeito, segundo informações facultadas ontem pela Direcção Nacional de Águas,
as chuvas registadas nos últimos sete dias na região centro, associadas ao
escoamento gerado a partir dos países vizinhos a montante, particularmente do
Malawi, Zâmbia e Zimbabwe estão na origem do cenário de subida dos níveis que
se verifica.
A
Direcção Nacional de Águas regista subidas contínuas dos níveis hidrométricos,
sobretudo no seu curso principal. As estações hidrométricas de Tete e Mutarara
atingiram já o nível de alerta e o mesmo poderá acontecer com relação a Caia e
Marromeu, entre hoje e amanhã.
Estão
identificadas como áreas de risco de inundações as aldeias de Masso, Megaza,
Chitunguane, Panducane, Simbi, Thoera, Gimo, Chirembue, Nhandandanda, Jon Buss,
Mbuia, Muiapha, Nhansanha, Nkonga, Ducuta Mkumbua, Mafunga, Maphute, Campange,
Nhamitanda e Mangamba, em Mutarara e Sombe, Camba, Phaza, Chipuaza, Njerere,
Nhacuecha e Nharugue, em Caia, e outros 49 locais em Morrumbala, Marromeu,
Tambara, Chemba, Mopeia, Cheringoma e Marínguè.
A
população destes povoados, incluindo agentes económicos e a sociedade no geral,
é instada no sentido de observar as medidas de precaução, evitando a travessia
dos leitos dos rios e a manter-se em áreas seguras.
Segundo
Rita Almeida, porta-voz do Conselho Técnico de Gestão das Calamidades (CTGC),
trata-se dum cenário equacionado no contexto de gestão das calamidades, sendo
por isso que já se encontra no local uma equipa da Unidade de Protecção Civil
(UNAPROC), com 17 embarcações, para intervir em caso de necessidade.
Recorde-se
que na sequência das chuvas que o país tem registado, o Conselho Técnico de
Gestão das Calamidades decretou, nesta quinta-feira, o alerta laranja
institucional como forma de incrementar o nível de prontidão e
operacionalização das acções do plano de contingência para evitar a perda de
vidas humanas e destruição de infra-estruturas sociais e económicas, bem como
prestar maior atenção aos grupos mais vulneráveis.
Devido
às chuvas que caiem com incidência na zona Centro e também nos países a
montante, a Direcção Nacional de Águas chama também a atenção para o elevado
volume de escoamentos, particularmente nas bacias do Save, Búzi, Púnguè e
Licungo.
O
Instituto Nacional de Meteorologia prevê até hoje a continuação de ocorrência
de aguaceiros ou chuvas fortes (mais de 50 milímetros de precipitação em
24 horas), acompanhados de trovoadas e ventos moderados até 60
quilómetros por hora) na província da Cabo Delgado (distritos de Palma,
Mocímboa da Praia, Macomia, Quissanga, Pemba-Metuge, Mecúfi e cidade de Pemba);
província de Nampula (distritos de Memba, Nacala-à-Velha, Nacala Porto, Ilha de
Moçambique, cidade de Nampula, Muecate, Meconta, Monapo, Morrupula e Mossuril);
Niassa (Mecanhelas, Cuamba, Metarica e Mandimba); Tete(Zumbo, Marávia,
Chifunde, Macanga, Angónia, Tsangano, Moatize, Mutarara, Cahora Bassa, Mágoè,
Chiúta e cidade de Tete) e Zambézia (Pebane, Maganja da Costa, Namacura,
Nicoadala, Chinde e cidade de Quelimane).
Inundações
localizadas estão previstas nas cidades de Quelimane, Pemba, Nampula e Nacala.
Notícias
(mz)
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