Militante
centrista na gestão do banco de Fomento é casada com o autor da reforma fiscal.
Abílio Ferreira - Expresso
A nomeação de uma dedicada militante centrista para a comissão executiva do banco de Fomento está a gerar polémica e a levantar suspeitas de favorecimento partidário. Maria João Nunes, vogal da Comissão Concelhia do Porto do CDS e técnica do departamento de Turismo da Câmara Municipal do Porto (CMP), não tem experiência de gestão bancária nem ligação a empresas.
Nos
últimos 10 anos, a sua carreira repartiu-se pelo gabinete municipal de turismo
e cargos autárquicos em juntas de freguesia. Licenciada em Direito, Maria João
tem a particularidade de ser casada com Rui Morais, autor da reforma fiscal tão
elogiada pelo CDS e Paulo Portas. Rui Morais não cobrou dinheiro pelo
documento.
A
nomeação é "um rude golpe na dignidade da política e do banco de
Fomento", reagiu ao Expresso um militante do CDS, sob anonimato.
Outras fontes classificam de "escandalosa" a "fulgurante
ascensão". Maria João nunca esteve contactável e não respondeu às
mensagens do Expresso.
A
escolha foi validada pela Comissão de Recrutamento e Seleção para Administração
Pública (CRESAP) que reconhece "formação adequada" e valoriza a
"experiência na área do marketing". No currículo, cita
passagens como diretora das agências Ava - Marketing e Publicidade (1994/95) e
McCann Erickson Porto (1995/2003).
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