Jacarta,
11 mar (Lusa) -- Um ministro indonésio advertiu a Austrália de que pode vir a
ter um "tsunami humano" de requerentes de asilo se continuar a
pressionar pela clemência de dois traficantes de droga australianos que estão
no corredor da morte.
Myuran
Sukumaran, de 33 anos, e Andrew Chan, de 31, estão no corredor da morte desde
2006, depois de condenados como cabecilhas de um grupo que se dedicava ao
tráfico de heroína da ilha de Bali para a Austrália, e devem ser executados por
um pelotão de fuzilamento dentro de pouco tempo.
A
Austrália tem feito numerosos apelos de clemência e o primeiro-ministro, Tony
Abbott, chegou a dizer que Jacarta se deveria lembrar da ajuda de Camberra após
o tsunami no sudeste asiático em 2004, o que terá ofendido a Indonésia.
Esta
semana, o ministro da Segurança indonésio, Edhy Purdijatno, disse que o seu
país podia soltar um "tsunami humano" de requerentes de asilo em
retaliação.
"A
Indonésia tem feito muito para evitar que imigrantes ilegais de outros países
vão para a Austrália", disse, citado por media indonésios.
"Se
Camberra continuar a agir desta forma, Jacarta libertará certamente os
migrantes que querem ir para a Austrália", adiantou, assinalando que
existem "mais de 10.000 atualmente na Indonésia" e que se os deixarem
ir "será como um tsunami humano".
Vários
estrangeiros aguardam em prisões indonésias a execução por crimes relacionados
com droga e o Presidente Joko Widodo tem recebido vários pedidos de clemência.
Além
dos dois australianos, estão no corredor da morte um francês, um brasileiro e
três nigerianos, assim como cidadãos das Filipinas e do Gana.
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// VM
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