sábado, 14 de março de 2015

Portugal. Jerónimo de Sousa diz que Governo PSD/CDS-PP vai levar "banhada" nas legislativas




"A luta dos trabalhadores leva a que hoje o Governo esteja derrotado, com a sua base social reduzida e, por isso, vai levar uma banhada nas eleições legislativas", disse o dirigente comunista.

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou hoje, no Porto, que o Governo de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas vai levar "uma banhada" nas próximas eleições legislativas, porque está derrotado.

"A luta dos trabalhadores leva a que hoje o Governo esteja derrotado, com a sua base social reduzida e, por isso, vai levar uma banhada nas eleições legislativas", disse o dirigente comunista, durante a celebração do 94.º aniversário do partido.

Jerónimo de Sousa afiançou que o primeiro-ministro tem "dois pesos e duas medidas" e que quer para si o que não permite aos outros, por isso, a questão das dívidas à Segurança Social "não está encerrada".

Entre outubro de 1999 e setembro de 2004, Pedro Passos Coelho acumulou dívidas à Segurança Social, tendo decidido pagar voluntariamente este mês, um total de cerca de 4.000 euros.

A governação do PSD/CDS-PP é um "'regabofe' para o grande capital e para a elite que o serve, e sacrifícios e mais sacrifícios para o povo", afirmou.

"Domina toda a sua orientação, toda a sua conduta, e em toda a sua ação política e que sê vê em tudo, mesmo na apreciação da trapalhada fiscal e contributiva que envolve o primeiro-ministro", salientou.

As legislativas passaram a ser a "grande preocupação" do governo que, perante a perspetiva da derrota que tem "como certa", se transformou em comissão eleitoral do PSD e CDS-PP.

"Deita desesperadamente mãos a tudo e a todos os mais falaciosos argumentos com o objetivo de mostrar a excelência da sua governação e tentar levar outra vez ao engano os portugueses, tal como fizeram no passado", frisou.

Enquanto discursava, os militantes comunistas iam pedindo a demissão do governo.

Jerónimo de Sousa comentou ainda as conclusões das Jornadas Parlamentares do PS, que decorreram este fim de semana em Gaia, e disse, em tom de ironia, que houve "grandes propostas".

"O governador do Banco de Portugal deve continuar a ser indicado sob proposta do primeiro-ministro, ouvido e consultado o presidente da República e auscultada a Assembleia da República. Isto é que é uma grande proposta. Não se trata dos problemas da supervisão ou regulação que levou ao escândalo da banca; não é conseguir mais democracia e mais transparência não apresentando soluções nenhumas para os problemas que hoje tem a banca portuguesa", frisou.

O secretário-geral do PS anunciou hoje que os socialistas vão propor que o novo governador do Banco de Portugal seja nomeado por decreto do Presidente da República, por proposta do Governo e com audição obrigatória no parlamento.

Lusa, em Diário de Notícias

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