"A
luta dos trabalhadores leva a que hoje o Governo esteja derrotado, com a sua
base social reduzida e, por isso, vai levar uma banhada nas eleições
legislativas", disse o dirigente comunista.
O
secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou hoje, no Porto, que o
Governo de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas vai levar "uma banhada"
nas próximas eleições legislativas, porque está derrotado.
"A
luta dos trabalhadores leva a que hoje o Governo esteja derrotado, com a sua
base social reduzida e, por isso, vai levar uma banhada nas eleições
legislativas", disse o dirigente comunista, durante a celebração do 94.º
aniversário do partido.
Jerónimo
de Sousa afiançou que o primeiro-ministro tem "dois pesos e duas
medidas" e que quer para si o que não permite aos outros, por isso, a
questão das dívidas à Segurança Social "não está encerrada".
Entre
outubro de 1999 e setembro de 2004, Pedro Passos Coelho acumulou dívidas à
Segurança Social, tendo decidido pagar voluntariamente este mês, um total de
cerca de 4.000 euros.
A
governação do PSD/CDS-PP é um "'regabofe' para o grande capital e para a
elite que o serve, e sacrifícios e mais sacrifícios para o povo", afirmou.
"Domina
toda a sua orientação, toda a sua conduta, e em toda a sua ação política e que
sê vê em tudo, mesmo na apreciação da trapalhada fiscal e contributiva que
envolve o primeiro-ministro", salientou.
As
legislativas passaram a ser a "grande preocupação" do governo que,
perante a perspetiva da derrota que tem "como certa", se transformou
em comissão eleitoral do PSD e CDS-PP.
"Deita
desesperadamente mãos a tudo e a todos os mais falaciosos argumentos com o
objetivo de mostrar a excelência da sua governação e tentar levar outra vez ao
engano os portugueses, tal como fizeram no passado", frisou.
Enquanto
discursava, os militantes comunistas iam pedindo a demissão do governo.
Jerónimo
de Sousa comentou ainda as conclusões das Jornadas Parlamentares do PS, que
decorreram este fim de semana em Gaia, e disse, em tom de ironia, que houve
"grandes propostas".
"O
governador do Banco de Portugal deve continuar a ser indicado sob proposta do
primeiro-ministro, ouvido e consultado o presidente da República e auscultada a
Assembleia da República. Isto é que é uma grande proposta. Não se trata dos
problemas da supervisão ou regulação que levou ao escândalo da banca; não é conseguir
mais democracia e mais transparência não apresentando soluções nenhumas para os
problemas que hoje tem a banca portuguesa", frisou.
O
secretário-geral do PS anunciou hoje que os socialistas vão propor que o novo
governador do Banco de Portugal seja nomeado por decreto do Presidente da
República, por proposta do Governo e com audição obrigatória no parlamento.
Lusa,
em Diário de Notícias
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