sexta-feira, 6 de março de 2015

Portugal. NÃO CONFIAR NOS POLÍTICOS DOS PARTIDOS DO ARCO DA GOVERNAÇÃO



Bocas do Inferno

Mário Motta, Lisboa

No texto que segue, da TSF, é salientado que mais de 70% dos jovens portugueses não confiam nos políticos. Com verdade podemos dizer que mais de 70% dos portugueses em idade adulta não confia nos políticos. É um descalabro. É assustador. É o testemunho de que os políticos portugueses cavaram a sua própria sepultura, a sepultura da democracia e  do país. Por isso, urge mudar, urge revolucionar, urge salvar a democracia. Urge libertar o país das seitas partidárias do Arco da Governação (PS, PSD e CDS) que têm tido comportamentos antidemocráticos, ilegais, de verdadeiros sindicatos do crime.

Não foram todos os partidos de Portugal, nem todos os políticos, que ao longo de quase 40 anos têm dirigido os destinos do país e governado para o clientelismo que os abarrota por recompensa de conspurcados privilégios em troca de conluios, nepotismos e corrupções. Existem políticos e partidos portugueses que nada têm que ver com o descrédito desmonstrado na sondagem em referência. Esses, regra geral, são os menos votados nas eleições. Os eleitores portugueses têm uma tendência assombrosa para votar e entregar os poderes sempre aos mesmos. Aos que andam na política há décadas e que por via do desempenho dos seus cargos  tão duradoiros, tão viciados, são detentores de bens e fortunas que jamais conseguiriam obter com tanta facilidade se acaso não tivessem enveredado pela política. Isto, só por si, é um indicador que leva a que depois os portugueses não confiam neles, como revelam as sondagens. Outra é porque mentem descarada e impunemente. O caso mais recente e flagrante espelha-se no exemplo do atual primeiro-ministro, Passos Coelho. Mas outros existem. O próprio presidente da República, Cavaco Silva, ainda recentemente insistiu numa mentira relacionada com o caso BES. Certo é que ele tem as melhores relações com Ricardo Salgado e do BES recebeu benesses de muitas dezenas de milhares de euros. Diria que chegaram a centenas. Cavaco mentiu e fez com que pequenos investidores confiassem numa das maiores falcatruas que se sabe, o BES / GES...

São esses atores da política que estão a destruir a democracia em Portugal. São esses que merecem toda a nossa desconfiança e repúdio. Têm sido esses que se têm governado e desgovernado Portugal. São eles os adversários da transparência e honestidade política e económica. São esses que devem de uma vez por toda ser erradicados do sistema político nacional. Devem ser devidamente investigados e punidos se acaso forem detetados cometimentos de ilegalidades de lesa Pátria e Democracia. Isso tem de ser assumido e efetuado com caráter retroativo. Têm de justificar como enriqueceram. Compete aos partidos políticos do chamado Arco da Governação depurarem-se, sanearem os mafiosos que têm continuadamente abusado dos poderes que lhes foram confiados pelos militantes honestos dos partidos e pelos eleitores portugueses. Para bem da democracia e de Portugal.

Não é tão simples como isso. Dizer-se que não confiamos nos políticos mas sim clarificar que não confiamos nos políticos dos partidos do Arco da Governação – que têm sido os que nos têm ludibriado sistematicamente e arrastado Portugal e a democracia por caminhos esconsos, antidemocráticos e de destruição. (MM / PG)

Mais de 70% dos jovens portugueses não confia nos políticos

Mais de 70% dos jovens portugueses entre os 18 e os 40 anos que participaram no inquérito "Geração Erasmus" não confia nos políticos do seu país, e quase 25% entende que a Europa é burocrática e está em crise.

Os dados constam do relatório com os resultados do "inquérito Geração Erasmus", hoje divulgados, e que são as conclusões das entrevistas de 15 perguntas feitas pela Internet a 1500 jovens europeus dos 28 Estados membros da União Europeia, com idades entre os 18 e os 40 anos.

A falta de confiança nos políticos nacionais por parte dos jovens de Portugal está 12 pontos percentuais acima da média da União Europeia: 72% dos portugueses desconfiam da classe política do país, enquanto a média europeia é de 60%.

Os valores são ainda mais elevados entre outros países do sul da Europa, quase todos afetados pela crise na Europa e alguns deles sob resgate ou programas de ajuda externa: 75% entre os italianos, 82% entre os espanhóis, 84% entre os gregos e 91% entre os cipriotas.

«Talvez de forma inesperada», refere o relatório, nestes países que enfrentam uma crise económica e com elevadas taxas de desemprego, sobretudo entre os jovens, os inquiridos tendem a achar que se saíram melhor que a geração dos seus pais. Em Portugal, 66% dos inquiridos respondeu ter essa convicção.

Para a maioria dos jovens dos países da Europa as fronteiras e culturas são algo cada vez mais esbatido no quadro da União Europeia, mas os dados demonstram que os portugueses têm uma perceção acima da média dessas diferenças entre povos europeus.

Entre o universo dos inquiridos nos 28 Estados membros, 21% dos jovens admite diferenciar culturas, valores e nações na Europa. Em Portugal, são 31% os que o fazem.

Em termos gerais, a maioria dos jovens europeus que respondeu ao inquérito (dois terços) afirmou que a União Europeia representa valores como a paz, a diversidade e a unidade, sendo que a unidade é entendida pelos jovens como uma vantagem competitiva a nível mundial: «apenas 17% acredita que o seu país seria competitivo independentemente da união».

A paz, a estabilidade, a livre circulação de pessoas e bens, a salvaguarda da liberdade fundamental e o respeito pelos direitos das pessoas foram mencionados pelos jovens europeus como os progressos alcançados de maior importância na União Europeia. No entanto, quando inquiridos sobre qual a primeira palavra que lhes vem à mente quando se fala em União Europeia, muitos jovens referiram 'burocracia'.

«Isto vem demonstrar que a EU é vista por estes jovens como uma organização cujo funcionamento é lento e na qual as decisões importantes são tomadas por funcionários em vez de representantes eleitos», refere-se no relatório das conclusões do inquérito.

Crescimento, emprego, alterações climáticas e combate à corrupção foram elencadas pelos inquiridos como as áreas mais importantes e às quais a União Europeia deve dar prioridade.

Os jovens afirmaram ainda dar importância à participação democrática, com 82% dos inquiridos a revelar que se interessa pelas políticas da União Europeia e 65% declararam-se convictos de que o seu voto pode fazer a diferença.

No entanto, dados citados no relatório indicam que 70% dos jovens cidadãos europeus não votaram nas últimas eleições. Para aumentar os níveis de participação democrática, 35% dos inquiridos sugeriram a introdução de aulas obrigatórias nas escolas "para educar os estudantes acerca dos valores, história, funcionamento e responsabilidades e processo de decisão" na Europa. Sugere-se ainda que se permita o voto 'online'.

TSF, ontem

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