sábado, 7 de março de 2015

Portugal. Respostas de Passos Coelho "adensam suspeições" e PCP faz mais perguntas




O PCP entregou, na noite de sexta-feira, um novo pedido de esclarecimento com sete perguntas sobre o pagamento de contribuições à Segurança Social por parte do primeiro-ministro. Comunistas acham que respostas já dadas "adensam as suspeições".

Dirigidas a Pedro Passos Coelho, através da presidente do Parlamento, Assunção Esteves, as novas perguntas são justificadas com "as respostas dadas pelo primeiro-ministro às perguntas formuladas pelo grupo parlamentar do PCP e a omissão de alguns dos elementos requeridos".

Os comunistas adiantaram sete novas questões, as primeiras das quais saber "que informação foi prestada pela Segurança Social quanto ao período a que se referia a dívida prescrita no montante de 2880,26 euros" e se "foi prestada alguma informação pela Segurança Social relativamente ao facto da referida dívida se reportar apenas ao período entre 2002 e 2004".

O PCP pretende também saber se o primeiro-ministro alguma vez questionou a adequação do montante em dívida ao montante de todos os descontos que deveria ter efetuado e nunca efetuou", dado que Passos Coelho "nunca fez descontos enquanto trabalhador independente, incluindo o período de 2000 a 2004 em que a isso estava obrigado".

Outras duas questões que o PCP pretende esclarecer são as de se o primeiro-ministro "tentou obter alguma informação junto da Segurança Social relativamente ao período a que se referem as remunerações que deram origem à dívida de 2880,26 euros" e que resposta obteve, bem como "quais as entidades responsáveis pelo pagamento das remunerações no período em que estava obrigado a efetuar os descontos em dívida e a que datas se reportam".

O PCP perguntou ainda "em que data precisa foi efetuado o pagamento da dívida" e "porque motivo (Passos Coelho) considerou que o pagamento da dívida "poderia ser interpretado como um benefício particular" se foi a própria Segurança Social que o informou de que essa possibilidade existia".

Antes, durante o dia, o PCP tinha considerado que as respostas já dadas pelo primeiro-ministro a nove perguntas do PCP sobre a sua relação com o sistema de Segurança Social "adensam as suspeições" e requerem uma avaliação do Presidente da República sobre a ausência de regular funcionamento das instituições.

Jornal de Notícias

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