O
PCP entregou, na noite de sexta-feira, um novo pedido de esclarecimento com
sete perguntas sobre o pagamento de contribuições à Segurança Social por parte
do primeiro-ministro. Comunistas acham que respostas já dadas "adensam as
suspeições".
Dirigidas
a Pedro Passos Coelho, através da presidente do Parlamento, Assunção Esteves,
as novas perguntas são justificadas com "as respostas dadas pelo
primeiro-ministro às perguntas formuladas pelo grupo parlamentar do PCP e a
omissão de alguns dos elementos requeridos".
Os
comunistas adiantaram sete novas questões, as primeiras das quais saber
"que informação foi prestada pela Segurança Social quanto ao período a que
se referia a dívida prescrita no montante de 2880,26 euros" e se "foi
prestada alguma informação pela Segurança Social relativamente ao facto da
referida dívida se reportar apenas ao período entre 2002 e 2004".
O
PCP pretende também saber se o primeiro-ministro alguma vez questionou a
adequação do montante em dívida ao montante de todos os descontos que deveria
ter efetuado e nunca efetuou", dado que Passos Coelho "nunca fez
descontos enquanto trabalhador independente, incluindo o período de 2000 a 2004
em que a isso estava obrigado".
Outras
duas questões que o PCP pretende esclarecer são as de se o primeiro-ministro
"tentou obter alguma informação junto da Segurança Social relativamente ao
período a que se referem as remunerações que deram origem à dívida de 2880,26
euros" e que resposta obteve, bem como "quais as entidades
responsáveis pelo pagamento das remunerações no período em que estava obrigado
a efetuar os descontos em dívida e a que datas se reportam".
O
PCP perguntou ainda "em que data precisa foi efetuado o pagamento da
dívida" e "porque motivo (Passos Coelho) considerou que o pagamento
da dívida "poderia ser interpretado como um benefício particular" se
foi a própria Segurança Social que o informou de que essa possibilidade
existia".
Antes,
durante o dia, o PCP tinha considerado que as respostas já dadas pelo
primeiro-ministro a nove perguntas do PCP sobre a sua relação com o sistema de
Segurança Social "adensam as suspeições" e requerem uma avaliação do
Presidente da República sobre a ausência de regular funcionamento das
instituições.
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