Moradores
e advogado analisam medidas a tomar
Manuel
José - Voz da América
As
famílias que viram as suas casas demolidas no bairro Mukula Angola, em Viana,
arredores de Luanda, continuam a viver ao relento, sem saber nada sobre o seu
futuro. Os desalojados dizem que, apesar de terem recebido uma delegação do
partido no poder de Viana, a situação continua sem solução, estando agendado
para o final do dia de hoje um encontro entre os moradores do bairro e o
advogado que os representa.
Há
alguns meses que os moradores do bairro Mukula Angola viram as suas casas
demolidas pelo Executivo. Mais tardem receberam a visita de uma delegação do
partido no poder, MPLA, que desafiou os desalojados a voltar a construir. O
certo é que até agora a situação não se alterou.
Um
dos moradores pergunta como podem construir se tudo está destruído. “Se as
casas todas já foram partidas, não temos material para construir, neste momento
estamos a viver ao relento, eu gostaria de ter a reposição daquilo que perdi
com a demolição, qualquer pessoa a quem lhe retiram algo exige que pelo menos
devolvam aquilo que gastou", explica.
Outro
morador que pediu para não ser identificado manifestou o seu desagrado pela
situação que vive. "O povo não é necessário apenas quando há um acto
eleitoral, quando o Estado precisa de nós! Nós somos angolanos, falamos as
línguas maternas, temos a angolanidade no sangue, não temos outra cor, é mesmo
a cor preta, estamos a ser maltratados desta maneira, afinal de contas quem é o
dono deste país? Entao só servimos para votar, encher as malas de voto não
temos direito à habitação?", disse revoltado.
Os
moradores e um advogado devem anunciar nas próximas horas as medidas que vão
tomar.
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