segunda-feira, 27 de abril de 2015

Malária aumentou em 2014 e matou mais de 3.200 pessoas em Moçambique



Intasse Sitoe  Verdade (mz)

Ainda há muito trabalho por fazer para evitar as mortes por malária, uma doença que, segundo as autoridades da Saúde, continua a ser uma das principais causas de mortalidade em Moçambique, onde, em 2014, houve um aumento de mais de um milhão e quinhentos e morreram 3.245 pessoas.

A malária, também conhecida por paludismo, é uma enfermidade cuja erradicação depende, entre outras medidas, do uso de redes mosquiteiras impregnadas, da pulverização intra-domiciliária e da eliminação de charcos e do capim nos quintais e à volta dos mesmos, práticas que ainda são ignoradas pelas comunidades, pese embora as mensagens de sensibilização levadas a cabo pelo Ministério da Saúde (MISAU) e outra instituições que actuam nesta área.

Segundo, Maria Matsinhe, directora nacional-adjunta da Saúde Pública, o paludismo ainda é uma das principais causas de mortalidade e de internamento nas unidades sanitárias moçambicanas. Para além dos óbitos acima referidos, no ano passado foram diagnosticados 5.485.327 casos.

A dirigente, que falava na sexta-feira (24), em Maputo, no âmbito do lançamento da celebração do Dia Mundial da Malária, assinalada sob o lema “Invista no Futuro, Vença a Malária”, disse que o Governo está preocupado com o facto de as acções em curso no sentido de inverter este cenário não serem totalmente eficazes: há citadinos que não aceitam que as suas residências sejam pulverizadas e outros usam as redes mosquiteiras para a actividades piscatória.

Por sua vez, Eduardo Celadez, representante da Organização Mundial da Saúde (OMS), realçou que entre 2000-2013 os casos de malária, mormente na população propensa a esta doença e em risco, diminuiu em 34%. Celadez frisou que medidas tais como uso de redes mosquiteiras tratadas com medicamentos de longa duração, a pulverização inter-domiciliar, o tratamento preventivo nas mulheres grávidas podem evitar a ocorrência do paludismo.

Em 2013, em África, apenas uma em cada cinco crianças com malária seguiu o tratamento. No total, 15 milhões de mulheres grávidas não receberam nenhuma dose recomendada para prevenir o contágio desta doença e 278 milhões de pessoas não tinham as redes mosquiteiras tratadas com insecticidas nas suas casas, um material básico para a prevenção, segundo a OMS, que recomenda que os grupos mais vulneráveis – mulheres grávidas e menores de cinco anos de idade – devem receber o tratamento preventivo.

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