Juiz
presidente do Tribunal da Relação de Lisboa prometeu ao ex-presidente do IRN
apoio pessoal e institucional “em tudo o que seja necessário”.
António
Figueiredo, ex-presidente do Instituto dos Registos e Notariado (IRN), afirmou
em conversas telefónicas que “conta com o apoio de pessoas bem colocadas” no
que diz respeito às acusações com que se viu confrontado no caso dos Vistos
Gold.
De
acordo com o jornal i, António Figueiredo teve esta conversa no dia 2 de
setembro com o juiz presidente do Tribunal da Relação de Lisboa, Vaz Neves, na
qual o ex-presidente do IRN mostrou conhecimento de que estaria a ser alvo de
escutas telefónicas. Nesta conversa Vaz Neves disponibilizou-se a apoiar
António Figueiredo “em tudo o que seja necessário”, não só a nível pessoal como
“institucionalmente”.
António
Figueiredo mencionou o apoio de pessoas que “de imediato se colocaram à
disposição para o que quer que fosse”, reconhecendo porém que o seu nome já
estivesse “manchado na praça pública”. Estas pessoas que Figueiredo menciona
poderão, segundo o i, ser juízes ligados ao Serviço de Informações Secretas,
nomeadamente Antero Luís e Horácio Pinto, com os quais António Figueiredo terá
tido jantares acompanhado por Zhu Xiaodong.
De
nacionalidade chinesa, Zhu terá mesmo pago pelo menos um destes jantares de
Figueiredo com Antero Luís e Horácio Pinto, no qual os três manifestaram
“grande à vontade” de acordo com o relatório de vigilância da Polícia
Judiciária.
Tudo
isto serviu para o Ministério Público e o juiz Carlos Alexandre manifestarem
preocupações relativamente à existência de interferências no inquérito, sendo
já de conhecimento público que houve pelo menos dois varrimentos eletrónicos no
IRN.
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