Os
ex-militares angolanos que reivindicam o pagamento de indemnizações e salários
em atraso saem hoje à rua em Luanda, em protesto, com a organização a esperar a
presença de 20.000 pessoas, mobilizados também nas províncias.
Este
protesto conta com a participação de três plataformas representativas de
ex-militares não desmobilizados, militares desmobilizados e ex-funcionários da
Casa Militar da Presidência da República, que desde 2010 reclamam o pagamento
de indemnizações e salários em atraso.
De
acordo com Mário Faustino, porta-voz deste grupo, juntou-se entretanto o apoio
de organizações representativas dos antigos militares e ex-combatentes, entre
outras.
"A
nossa ideia é ter 20.000 homens no largo da Independência e dez províncias
representadas", disse, à Lusa, Mário Faustino, garantindo a convicção de
que a manifestação de hoje decorrerá "sem sobressaltos".
O
presidente da Associação de Apoio aos Combatentes das Extintas FAPLA (forças
armadas angolanas), António Fernando Samora, apelou entretanto aos ex-militares
para não participarem nesta manifestação, contestando o "aproveitamento
político e oportunista de determinadas formações políticas", que têm como
objetivo utilizar estes homens para ações de "desobediência e de
vandalismo contra as instituições do Estado".
"Esta
manifestação não é de manifestantes, é de militares e se a polícia não tiver um
comportamento adequado, nós também vamos reagir", advertiu, anteriormente,
Mário Faustino.
De
acordo com a organização, foi entregue a 22 de abril, no Governo Provincial de
Luanda, uma comunicação sobre a realização deste protesto, cuja concentração
está prevista para o início da manhã no centro da capital.
"Depois
disso logo se vê. Os tropas decidem no momento", afirmou Mário Faustino.
A
concentração dos ex-militares está agendada para as 09:00 (mesma hora em
Lisboa) de sábado, no Largo da Independência, em Luanda.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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