Segunda
força política do país contesta dados oficiais sobre o ocorrido na Serra Sume.
Abel
Chivukuvuku disse ontem que José Eduardo dos Santos recusou-se a
recebê-lo no palácio presidencial. O líder da CASA-CE pretendia
entregar ao presidente um relatório sobre os recentes confrontos no Huambo
entre polícias e membros da seita ilegal “A Luz do Mundo”.
Segundo
versões oficiais, morreram durante os confrontos decorridos na Serra Sume, no
dia 16 de Abril, nove polícias e treze civis, mas segundo Chivukuvuku, que
chefiou a primeira delegação extra-oficial a ter acesso ao local depois do ocorrido,
e concedeu, inclusive, uma entrevista sobre o assunto ao Rede Angola, “a
conclusão é que houve matança grave!”, afirmou sem avançar números de mortos.
“Assim
que chegamos do Huambo quisemos falar com o presidente da República e
entregar-lhe o nosso relatório sobre a digressão, mas o presidente não quis nos
receber, por isso decidimos publicar o relatório”, disse o dirigente da
segunda maior força política do país, em declarações à rádioVoz da América.
Chivukuvuku
afirmou que num possível encontro com o presidente queria também discutir
questões que “possam não estar no relatório”. A notícia destaca ainda que esta
foi a segunda em um ano que José Eduardo dos Santos recusou-se a encontrar
com o líder da CASA-CE.
No
relatório, de acordo com a VOA, a coligação solicita ao Executivo uma
investigação profunda do caso Kalupeteka com “pessoas idóneas e neutras para se
apurar a verdade”. O partido alerta igualmente o Governo a prestar mais atenção
ao fenómeno de proliferação de seitas religiosas pelo país.
“A
nossa conclusão é que houve matança grave! Não posso, com seriedade e
honestidade, afirmar se houve genocídio ou não, mas matança grave houve.
Morreram polícias, mas morreram muitos civis”, disse em entrevista ao RA. Continue
a ler aqui.
O Rede
Angola foi ao acampamento da seita Luz do Mundo. Continue a ler na Grande
Reportagem “Sume, silêncio de morte”
Rede
Angola
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