Enquanto
em Bruxelas decorria um protesto de apoio aos imigrantes sem documentos
A
guarda costeira líbia interceptou este domingo cinco embarcações, a bordo das
quais seguiam 500 migrantes que tentavam atravessar o mar Mediterrâneo para
chegar à Europa, adiantaram fontes oficiais.
Em
declarações à agência AFP, fonte militar líbia afirmou que a maior parte das
pessoas vinham de países africanos, acrescentando que as embarcações foram
intercetadas a oito milhas náuticas (cerca de 15 quilómetros) da costa líbia e
que lhes foi dada ordem para se dirigirem para o porto de Misurata.
O
coronel Reda Issa não precisou, no entanto, qual seria o destino desses
migrantes, uma vez em Misurata, mas a cidade tem um centro de detenção.
Esta
informação chega num fim-de-semana marcado por múltiplas operações de socorro
no mar Mediterrâneo: quase 3.700 pessoas foram resgatadas no sábado e outras
centenas durante o dia domingo, ao mesmo tempo que foram encontrados uma dezena
de migrantes mortos.
Todos
os dias, centenas de migrantes partem da costa líbia em embarcações
improvisadas, na esperança de conseguir alcançar o território europeu. Na sua
maioria vêm de países africanos, mas muitos tentam fugir da guerra na Síria.
A
travessia do Mediterrâneo revela-se extremamente perigosa e só no mês de Abril
morreram mais de 1.200 migrantes, 750 dos quais numa das piores tragédias
marítimas das últimas décadas.
Entretanto,
a União Europeia decidiu reforçar a sua presença no mar, tendo, para isso,
triplicado o orçamento destinado às operações no Mediterrâneo.
A
Líbia tem sido um dos principais pontos de partida escolhidos pelos migrantes,
com os contrabandistas a aproveitarem-se do caos em que o país se encontra
desde a queda do regime de Muammar Khadafi, em 2011, para intensificar a sua
actividade.
Na
foto: Os nomes de todos os migrantes que morreram a tentar chegar à Europa -EPA/STEPHANIE
LECOCQ
Lusa,
em jornal i
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