Pedro
Raínho – jornal i
O
social-democrata pediu à justiça que analise a “rede de influências” que Marco
António Costa terá montado.
“Não
sei quem ele é”, “não conheço nada do percurso dessa pessoa”, “desconheço”. O
facto de Paulo Vieira da Silva ter decidido enfrentar o homem forte do aparelho
social-democrata explica, em certa medida, a pouca memória que o seu
percurso político terá deixado entre os seus colegas militantes do PSD.
Ao i, rejeita todos os louros que pudesse retirar do caso: “Não quero 15
minutos de fama, nem quero voltar à política. O meu palco é a minha família e
faço isto por um imperativo de consciência”.
Paulo Vieira da Silva fez disparar os alarmes mediáticos com as palavras certas. Na denúncia que enviou à Procuradoria-geral da República somou a expressão “rede de influências” ao nome de Marco António Costa, o homem que Passos Coelho tirou do governo para gerir a vida interna do PSD. Personagem discreta, de poucas falas, alguns colegas de partido questionam-se como chegou a ter responsabilidades políticas no PSD.
Alguns falam, mas ninguém arrisca dar a cara. Os sociais-democratas questionam-se pela escolha do timing para a denúncia, perguntam-se como foi possível que. no final da década de 1990, tivesse “trocado” o PSD pelo CDS para ir assessorar Avelino Ferreira Torres na câmara de Marco de Canaveses e como acabou na câmara da Trofa a assessorar o vereador Hélder Santos. “Ressabiado”, “invejoso”, “alguém que acha que não consegue fazer mais nada” – os adjectivos e as críticas sucedem-se em ritmo acelerado da boca daqueles que não encontram qualquer valor na denúncia apresentada no dia 23 de Abril.
Paulo Vieira da Silva explica que chegou à câmara do Marco “para cumprir o que foi designado pelo líder do partido”, depois de Luís Filipe Menezes e Manuel Monteiro terem negociado as listas às autárquicas – saiu, de resto, antes do fim do mandato, em rota de colisão com Ferreira Torres, abdicando das funções de assessor para a Juventude. À Trofa, o social-democrata chegou pela mão de Hélder Santos.
Paulo Vieira da Silva fez disparar os alarmes mediáticos com as palavras certas. Na denúncia que enviou à Procuradoria-geral da República somou a expressão “rede de influências” ao nome de Marco António Costa, o homem que Passos Coelho tirou do governo para gerir a vida interna do PSD. Personagem discreta, de poucas falas, alguns colegas de partido questionam-se como chegou a ter responsabilidades políticas no PSD.
Alguns falam, mas ninguém arrisca dar a cara. Os sociais-democratas questionam-se pela escolha do timing para a denúncia, perguntam-se como foi possível que. no final da década de 1990, tivesse “trocado” o PSD pelo CDS para ir assessorar Avelino Ferreira Torres na câmara de Marco de Canaveses e como acabou na câmara da Trofa a assessorar o vereador Hélder Santos. “Ressabiado”, “invejoso”, “alguém que acha que não consegue fazer mais nada” – os adjectivos e as críticas sucedem-se em ritmo acelerado da boca daqueles que não encontram qualquer valor na denúncia apresentada no dia 23 de Abril.
Paulo Vieira da Silva explica que chegou à câmara do Marco “para cumprir o que foi designado pelo líder do partido”, depois de Luís Filipe Menezes e Manuel Monteiro terem negociado as listas às autárquicas – saiu, de resto, antes do fim do mandato, em rota de colisão com Ferreira Torres, abdicando das funções de assessor para a Juventude. À Trofa, o social-democrata chegou pela mão de Hélder Santos.
Aí,
tentou seguir aquilo que diz ser uma regra de vida. “Era o único assessor que
não tinha telemóvel da autarquia e nunca, durante todo aquele tempo, coloquei
um metro que fosse de deslocações para que câmara me pagasse”, garante. A falta
de memória sobre o seu contributo para o PSD também é injusta – o currículo
exige algumas linhas. Além de secretário-geral da JSD/Porto, Paulo Vieira da
Silva foi conselheiro nacional da juventude do partido entre 1998 e 2002 (era o
ex-deputado Pedro Duarte o presidente da estrutura), encerrando o mandato ao
receber a distinção de militante honorário da JSD (“aquilo de que mais me
orgulho na política”).
Foi
conselheiro nacional nos mandatos de Durão Barroso e de Santana Lopes (de quem
se diz se próximo). No plano local, foi membro da comissão política distrital
de Marco António Costa entre 2002 e 2006 – o ex-líder da principal distrital do
PSD foi, de resto, um dos convidados presentes no seu casamento.
“Não
tenho nada de pessoal contra o dr. Marco António Costa, sempre o considerei um
amigo e isto que fiz, fá-lo-ia se fosse o meu pai ou se fosse a minha mulher”.
Desde 2005 que não tem cargos partidários, mas em 2014 anunciou uma candidatura
à distrital do Porto, que acabaria por retirar, mostrando o seu apoio a Celso Ferreira.
Garante que não quer voltar à actividade política. Fez a denúncia porque
quer ver a Justiça actuar e garantir que o país em que quer ver crescer a sua
filha “leva uma volta”. É apoiante “indefectível” de Pedro Passos Coelho, uma
“pessoa séria, honesta”.
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