O
SNS está ameaçado por uma "direita reacionária", comandada por um
"neoliberal assanhado". Palavras de António Arnaut dirigidas ao
governo e a Pedro Passos Coelho
António
Arnaut, fundador do Serviço Nacional de Saúde, está convencido que há uma
direita que vê o SNS como uma conquista social, mas não a que está no governo.
"Há
uma direita que defende o Serviço Nacional de Saúde, uma direita doutrinária,
que defende a doutrina social da Igreja. Mas há uma direita reacionária, que é
esta que está no poder, presidida por um neoliberal assanhado, que não tem
nenhuma sensibilidade social. E, se o SNS tem resistido, é pela sua grande
força na consciência popular", atirou, em Coimbra, na abertura do plenário
do Partido Socialista, sobre o SNS.
Adianta
o fundador do SNS que, nos últimos três anos, Portugal perdeu cerca de 4.000
camas em hospitais públicos e ganhou 2 mil em hospitalização privada. Lembra,
por isso, os 500 milhões de euros pagos pela ADSE ao privado. Valores que, no
seu entender, deviam ter sido canalizados para o público.
"Só
a ADSE pagou 500 milhões de euros aos hospitais privados e muitos desses
cuidados podiam ter sido prestados pelo SNS. A ADSE poderia fazer convenções
com o SNS? Claro que pode fazer. Mas há um aliciamento dos utentes da ADSE e de
outros subsistemas para o privado", acusa.
António
Arnaut desafiou António Costa a não reformar o Serviço Nacional de Saúde
simplesmente para retirar camas aos hospitais públicos servindo os interesses
do privado.
Miguel
Midões - TSF - Foto Arquivo/Global
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