terça-feira, 19 de maio de 2015

Portugal. Guimarães. POLÍCIA QUE AGREDIU ADEPTO MUDOU-SE PARA CASA DO PAI




Filipe Macedo Silva está sob fogo após a ampla divulgação do vídeo onde surge a agredir um adepto do Benfica, este domingo. Visto como um polícia “durão” e “superpolícia” pelos colegas, as opiniões sobre a sua conduta profissional não apresentam consenso.

O subcomissário Filipe Macedo Silva era, até domingo passado, um agente de autoridade desconhecido. Tudo mudou quando tomou a decisão de agredir de forma bastante violenta um adepto benfiquista, no término do jogo Vitória de Guimarães – Benfica (0-0).

Conforme relata o Diário de Notícias, o comandante da Esquadra de Investigação Criminal (EIC) da PSP de Guimarães comandou a difícil esquadra de Rio de Mouro, em Sintra, antes de se mudar para o Norte. Dizem os seus colegas nunca ter havido qualquer episódio de abuso de autoridade. Os mesmos colegas indicam que se trata de um profissional “durão” mas, também, um líder capaz e respeitado.

Estas alegações, no entanto, não são consensuais. Alguns órgãos de comunicação social indicam que, na esquadra de Guimarães, onde é conhecido como o "superpolícia", existem várias queixas contra o profissional por excesso de zelo.

A ampla divulgação do vídeo do incidente nas imediações do estádio D. Afonso Henriques granjeou-lhe a temida crítica da opinião pública, obrigando-o a ter que alterar a sua rotina.

Avança o Jornal de Notícias que Filipe Silva já saiu de sua casa, em Guimarães, para se mudar para casa do pai, numa freguesia próxima. Um vizinho confirmou à mesma publicação: “Saiu de manhã cedo e não veio mais”, acrescentando que foi “para casa do pai, enquanto a poeira não assenta”.

O comandante, que nunca foi alvo de um processo disciplinar, agora enfrenta três processos: um disciplinar, outro que corre na Inspeção-Geral da Administração Interna e um inquérito-crime aberto pelo Ministério Público (que até agora só tem como arguido o adepto benfiquista por injúrias e ameaças à autoridade).

Filipe Silva ainda não foi suspenso de funções porque, conforme adiantou o porta-voz da Direção Nacional da PSP, “ainda não houve uma investigação ao sucedido” e, em caso de dúvida, dá-se o benefício ao réu.

A confirmar-se a acusação de abuso de autoridade, o polícia arrisca pena de suspensão, expulsão ou aposentação da polícia.

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