Os
governos da Guiné-Bissau e de Portugal rubricaram hoje acordos avaliados em 40
milhões de euros (cerca de 26 mil milhões de francos cfa) no âmbito do Programa
Estratégico de Cooperação (PEC), para os anos 2015/20.
Na
ocasião o Primeiro-Ministro Domingos Simões Pereira, revelou que para além da
assinatura do acordo Programa Estratégico de Cooperação, passaram em revista um
conjunto de importantes ações que estão a ser desenvolvidas pelos dois
governos.
O
Programa Estratégico de Cooperação é um instrumento relevante, que resultou de
um trabalho conjunto entre os governos dos dois países no qual as ações de
cooperação bilateral foram concertadas com o Plano Estratégico Operacional
"Terra Ranca”, vigente no país, afirmou o Primeiro-ministro português depois
da assinatura do acordo.
Domingos
Simões Pereira e Pedro Passos Coelhos, em conferência de imprensa conjunta
falaram dos acordos rubricados.
O
Primeiro-ministro português explicou que o PEC contempla múltiplas vertentes
nomeadamente, as áreas da defesa, justiça, educação, emprego, saúde,
modernização administrativa, ambiente, energia e desenvolvimento rural.
"Trata-se
de um compromisso para o futuro, pois queremos dar prioridade à concretização
do nosso apoio à Guiné-Bissau", declarou.
Pedro
Passos Coelho sublinhou que o quadro das relações entre a União Europeia e a
Guiné-Bissau está congratulado com a conclusão, no ano passado, das negociações
de acordos de parcerias económicas com a África Ocidental na qual está
integrada o país.
"Saúdo
igualmente a recente entrada em vigor do novo protocolo de pescas celebrado
entre a União Europeia e a Guiné-Bissau o que permite a retoma das actividades
de pescas nas águas territoriais guineense e dar continuidade ao apoio
financeiro da organização comunitária europeia ao sector das pescas
guineense", disse.
Pedro
Passos Coelho frisou que Portugal e a Guiné-Bissau possuem um vasto leque de
oportunidades e que o seu governo manterá o seu apoio ao executivo e ao povo da
Guineense. No entanto, revelou que Portugal sempre esteve empenhado em apoiar o
povo guineense no processo de recuperação da ordem constitucional e da retoma
do progresso.
"A
minha visita pretende fortalecer as relações bilaterais entre os nossos dois
povos mas acima de tudo a minha intenção serve para transmitir um sinal claro
de grande confiança institucional reforçando a percepção positiva que a
Guiné-Bissau vem adquirindo por mérito próprio junto dos investidores
internacionais, das instituições multilaterais e da comunidade internacional em
geral", explicou.
Conforme
o chefe do Governo guineense, as partes falaram da situação da segurança
interna, do Golfo da Guiné, com particular referência a todo o Atlântico Sul
nomeadamente os planos que é possível desenvolver entre os dois Estados para o
incremento dessa segurança.
Domingos
Simões Pereira afirmou que a parte guineense manifestou interesse em beneficiar
de todo o apoio que tem sido dado e chamou atenção para um apoio concreto que
Portugal está a dar para o reforço da capacidade naval da Guiné-Bissau através
de ações conjuntas de forma a aumentar o controlo das águas territoriais.
“Abordamos
com o primeiro-ministro Passos Coelho, as questões relativas aos apoios que
Portugal está a dar no domínio da saúde, nomeadamente, no combate e prevenção
do ébola, através da instalação de laboratório de triagem, a formação de
técnicos nesse domínio e varias outras ações.
O
primeiro-ministro de Portugal fez hoje uma visita de algumas horas a Bissau. O
programa foi concluído com um encontro entre Passos Coelho e Miguel
Trovoada, representante especial do secretário-geral das Nações Unidas em
Bissau, seguido de uma recepção à comunidade portuguesa.
Pedro
Passos Coelho foi recebido a tarde pelo presidente da Assembleia Nacional
Popular, Cipriano Cassamá, e o Presidente da República José Mário Vaz.
Pedro
Passos Coelho fez-se acompanhar, nas deslocações a Cabo Verde e à Guiné-Bissau,
do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, e o ministro da
Saúde, Paulo Macedo.
Gazeta de Notícias (gb)
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