Valentina
Marcelino – Diário de Notícias
Comissão
Europeia queria que o país recebesse 2400 pessoas, mas primeiro-ministro
português recusou e pediu realismo a Bruxelas. Maioria dos refugiados serão de
nacionalidade síria.
O
ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) já comunicou à Comissão Europeia a sua
disponibilidade para Portugal receber 1500 refugiados do mar Mediterrâneo, nos
próximos dois anos, soube o DN em primeira mão. O acordo sobre este número foi
proposto por Rui Machete e teve a concordância do primeiro-ministro, Pedro
Passos Coelho. Todo o processo terá financiamento europeu.
Ao
que o DN apurou, são essencialmente migrantes sírios, fugidos da guerra do seu
país, muitos com formação superior e capacidade financeira. "São
refugiados de guerra que foram obrigados a fugir do seu país, onde tinham uma
vida integrada, e tentam agora uma nova vida na Europa", assinalou uma
fonte que está a acompanhar o processo.
Os
países europeus tinham concordado em receber 60 mil migrantes fugidos dos
conflitos em África e no Médio Oriente. Na última reunião dos chefes de
governo, no entanto, não foi aceite a proposta da Comissão Europeia para que
fossem definidas quotas para cada país, de acordo com uma equação que envolvia
o Produto Interno Bruto (PIB), a população, a taxa de desemprego e o número de
refugiados já acolhidos. Pelas contas de Bruxelas, o Estado português deveria
acolher 2400 pessoas.
Sem comentários:
Enviar um comentário