sexta-feira, 31 de julho de 2015

São Tomé e Príncipe. Índice de mortalidade infantil baixou 50% entre 2000 e 2014




São Tome - A taxa de mortalidade infantil caiu para metade nos últimos 15 anos em São Tomé e Príncipe, onde o número de crianças com paludismo também desceu, revelou quarta-feira o ministro da Economia e Cooperação Internacional.

"A taxa de mortalidade infantil e infanto-juvenil sofreu uma redução igual ou superior a 50 por cento entre 2000 e 2014 e verifica-se ainda que a percentagem de crianças com menos de cinco anos de idade afectadas e tratadas por causa do paludismo reduziu de 61% para 1,5% no mesmo período de aproximadamente 15 anos", disse Agostinho Fernandes.

Um estudo do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgado quarta-feira revela que a mortalidade entre crianças reduziu em 2008 de 45 por mil crianças para 38 por 1000 em 2014.

O documento foi apresentado num seminário que reuniu membros do governo, especialistas dos vários ramos da saúde, representantes dos parceiros internacionais de São Tomé e Príncipe, diplomatas e quadros de diferentes sectores.

No mesmo estudo revelam-se também "progressos importantes"no que respeita ao registo de crianças no arquipélago, que aumenta de 68% em 2006 para 95% em 2014.

Mortalidade infantil, nutrição, saúde da criança, água e saneamento, educação, protecção infantil, VIH/sida e saúde reprodutiva foram os indicadores sobre os quais se centraram os estudos do INE divulgados quarta-feira.

No relatório apontam-se "avanços consideráveis" conseguidos de forma geral em todas essas áreas, apesar de se colocarem interrogações em áreas como o uso das latrinas ou casas de banho em que apenas 40 por cento da população têm acesso.

"Nós tivemos também um resultado positivo em relação a vários tipos de vacinação, o mesmo acontecendo com a nutrição", explicou a directora nacional de Estatística, Elsa Cardoso.

"Entretanto temos indicadores que necessitam ser melhorados, caso concreto das latrinas. Existem apenas cerca de 40% de pessoas que utilizam a casa de bano ou latrina, o quer dizer que temos que trabalhar muito mais no sentido de criar condições junto das populações e sensibiliza-la para o uso das latrinas e casas de banho" acrescentou.

O governo são-tomense considera que no âmbito dos objectivos do milénio, os indicadores apontam para "melhoria em alguns domínios", não obstante os problemas económicos e financeiros e de instabilidade política que o país viveu nos últimos anos.

"Apesar de inúmeras dificuldades e instabilidades a que o nosso país se tem sujeitado de alguns anos a esta parte, São Tomé e Príncipe está no bom caminho no que respeita à evolução, na globalidade, dos indicadores avaliados no quadro destes inquéritos", considerou Agostinho Fernandes.

Segundo o governante, "o país está no bom caminho" e esses dados levam os são-tomenses a fazer uma "vénia a todos os profissionais, decisores políticos e parceiros internacionais cuja contribuição permitiu essa evolução positiva".

Segundo o governante, o relatório do INE permite ao país efectuar comparações a nível internacional com outros países e constitui um instrumento importante no quadro da monitorização e avaliação de sua performance ao nível dos diferentes indicadores de saúde, nutrição, desenvolvimento das crianças, educação e de protecção.

ANGOP

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