quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Portugal. "Preocupa-me a maldade que ainda não foi feita aos reformados" – Ferreira Leite



A convidada desta noite no programa 'Isso é tudo muito bonito, mas...' foi Manuela Ferreira Leite.

A ex-ministra Manuela Ferreira Leite foi a convidada desta noite no programa apresentado por Ricardo Araújo Pereira, 'Isso é tudo muito bonito, mas...'. Num tom bastante descontraído, o humorista perguntou-lhe em quem tinha votado no passado domingo, se no Partido Socialista ou Bloco de Esquerda.

"Sou uma pessoa bastante inamovível nas minhas decisões. Não é fácil fazerem-me movimentar de um lado para o outro", afirma a social-democrata. Já sobre se outros se aproximam ou se afastam mais das suas posições, não assume responsabilidades.

Já sobre o facto de ter perdido em 2009 as eleições, Ricardo Araújo Pereira questionou-a se em algum momento se arrependeu de alguma coisa. "Se tivesse ganho as eleições não havia Sócrates, nem austeridade, não estou segura de que não houvesse Passos Coelho e Paulo Portas. Acho que me esforcei bastante na altura. Lembro-me que fiz imensas coisas que nunca tinha pensado fazer, nomeadamente ir ao seu programa", disse em jeito de brincadeira.

A ex-líder social-democrata refere ainda que "talvez não seja necessário resgatar nenhum banco". "Estou preocupada é com os bancos dos jardins. A maldade que ainda não foi feita aos reformados", admite.

A conversa manteve-se animada de parte a parte e quando Ricardo Araújo Pereira questiona sobre as ofertas de emprego por parte do PS, Manuela Ferreira Leite assegura que os bons lugares, "os chamados tachos, são só para os amigos".

"Não senti nenhuma facada por parte de Passos. A única coisa que senti era fazerem-me uns ninhos atrás das orelhas", revela.

Num tom irónico, à falta de comparência do Presidente da República nas comemorações do 5 de Outubro, a social-democrata sublinha que Cavaco "chamou a atenção das pessoas para a importância decisiva que teve a abolição dos feriados. A abolição dos feriados foi efetivamente a que mais abalou o país. Até podiam acabar com o Natal e o feriado Ano Novo", disse num tom de brincadeira, referindo-se ao impacto económico que a abolição dos efeitos teve.

Notícias ao Minuto

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