A
convidada desta noite no programa 'Isso é tudo muito bonito, mas...' foi
Manuela Ferreira Leite.
A
ex-ministra Manuela Ferreira Leite foi a convidada desta noite no programa
apresentado por Ricardo Araújo Pereira, 'Isso é tudo muito bonito, mas...'. Num
tom bastante descontraído, o humorista perguntou-lhe em quem tinha votado no
passado domingo, se no Partido Socialista ou Bloco de Esquerda.
"Sou uma pessoa bastante inamovível nas minhas decisões. Não é fácil fazerem-me movimentar de um lado para o outro", afirma a social-democrata. Já sobre se outros se aproximam ou se afastam mais das suas posições, não assume responsabilidades.
Já
sobre o facto de ter perdido em 2009 as eleições, Ricardo Araújo Pereira
questionou-a se em algum momento se arrependeu de alguma coisa. "Se
tivesse ganho as eleições não havia Sócrates, nem austeridade, não estou segura
de que não houvesse Passos Coelho e Paulo Portas. Acho que me esforcei bastante
na altura. Lembro-me que fiz imensas coisas que nunca tinha pensado fazer,
nomeadamente ir ao seu programa", disse em jeito de brincadeira.
A
ex-líder social-democrata refere ainda que "talvez não seja necessário
resgatar nenhum banco". "Estou preocupada é com os bancos dos
jardins. A maldade que ainda não foi feita aos reformados", admite.
A
conversa manteve-se animada de parte a parte e quando Ricardo Araújo Pereira
questiona sobre as ofertas de emprego por parte do PS, Manuela Ferreira Leite
assegura que os bons lugares, "os chamados tachos, são só para os
amigos".
"Não
senti nenhuma facada por parte de Passos. A única coisa que senti era fazerem-me
uns ninhos atrás das orelhas", revela.
Num
tom irónico, à falta de comparência do Presidente da República nas comemorações
do 5 de Outubro, a social-democrata sublinha que Cavaco "chamou a atenção
das pessoas para a importância decisiva que teve a abolição dos feriados. A
abolição dos feriados foi efetivamente a que mais abalou o país. Até podiam
acabar com o Natal e o feriado Ano Novo", disse num tom de brincadeira,
referindo-se ao impacto económico que a abolição dos efeitos teve.
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