Um
jovem terá sido raptado por engano em Sofala, a mando de um deputado da RENAMO.
Os sequestradores trabalham para uma empresa segurança detida pelo deputado.
Sandura Vasco diz que desconhece os pormenores do caso.
Manuel
Francisco Saene diz que foi raptado por engano por três homens armados que
seguiam numa viatura de uma empresa de segurança privada. Os homens tê-lo-iam
mantido em cativeiro durante várias horas, até o soltarem a meio da noite.
E
ele relata: "Tentei fazer força e eles disseram que eram polícias secretos
e perguntei o que queria e eles mandaram-me entar para o carro. [Depois] entrei
num quarto muito escuro, onde ninguém conseguia ver outra pessoa. Começaram a
fazer perguntas, e aí já mudaram de voz, era uma voz grossa, e então
mandaram-me falar a verdade."
Um dos seguranças privados, Soares Faela Huo, confirmou à DW África que as instruções partiram do chefe de operações e do diretor geral da empresa de segurança MAMBA, em que trabalhava: "Isso já percebemos com os chefes na direção. Mas depois notou-se que a pessoa que procurávamos não foi a que prendemos. Não prossegui o caso, a arma não era da empresa de segurança, era dos polícias. Aqui houve interferência de nomes idênticos, mas depois notou-se que a dita pessoa não foi a sequestrada."
O diretor-geral da empresa de segurança privada, Sandura Vasco Ambrósio, é também deputado na Assembleia da República moçambicana pela bancada parlamentar da RENAMO. Após várias tentativas de contacto, Ambrósio disse desconhecer pormenores sobre o caso, remetendo o assunto para a Polícia de Investigação Criminal (PIC) na província de Sofala: "Não sei deste assunto, que eu saiba este caso está nas instâncias superiores. Agora, sobre este assunto não posso abordar nada porque o caso está lá para se confirmar."
Um dos seguranças privados, Soares Faela Huo, confirmou à DW África que as instruções partiram do chefe de operações e do diretor geral da empresa de segurança MAMBA, em que trabalhava: "Isso já percebemos com os chefes na direção. Mas depois notou-se que a pessoa que procurávamos não foi a que prendemos. Não prossegui o caso, a arma não era da empresa de segurança, era dos polícias. Aqui houve interferência de nomes idênticos, mas depois notou-se que a dita pessoa não foi a sequestrada."
O diretor-geral da empresa de segurança privada, Sandura Vasco Ambrósio, é também deputado na Assembleia da República moçambicana pela bancada parlamentar da RENAMO. Após várias tentativas de contacto, Ambrósio disse desconhecer pormenores sobre o caso, remetendo o assunto para a Polícia de Investigação Criminal (PIC) na província de Sofala: "Não sei deste assunto, que eu saiba este caso está nas instâncias superiores. Agora, sobre este assunto não posso abordar nada porque o caso está lá para se confirmar."
Polícia
nega que seja caso de sequestro
A
PIC confirmou que foi instaurado um processo-crime contra a direção da empresa
e os agentes de segurança privada. Mas sublinhou que este não é um caso de
sequestro, ao contrário do que diz a vítima. Segundo as autoridades, este
trata-se, antes, de um caso de ofensas corporais e difamação.
O processo já terá dado entrada no Ministério Público, que, entretanto, sugeriu a detenção dos acusados. Artur Bambo, agente da Polícia de Investigação Criminal, anunciou, de antemão, que deverão ser realizadas buscas nos próximos dias. O advogado da vítima, Isac Tomo, acusa a Polícia de Investigação Criminal de falta de vontade para concluir o processo.
O processo já terá dado entrada no Ministério Público, que, entretanto, sugeriu a detenção dos acusados. Artur Bambo, agente da Polícia de Investigação Criminal, anunciou, de antemão, que deverão ser realizadas buscas nos próximos dias. O advogado da vítima, Isac Tomo, acusa a Polícia de Investigação Criminal de falta de vontade para concluir o processo.
O
advogado argumenta que "em relação à tipificação do crime, isto é muito
relevante. O que é mais relevante é que o agente não queria capitular, ou por
outra, não quer fazer a acariação."
E
Bambo prossegue: "Segundo o que me informou, quando estive com ele, é que
falta apenas a acareação, e isto é importante neste tipo de processo. Pedi para
marcar a acareação e ele concordou, mas nunca marcou a acareação. Aliás, quando
marca isso, sempre inventa histórias [não aparece]. O que quero é que ele
marque a acareação e que eu esteja lá junto com o meu constituinte, onde vamos
ouvir contra-factos. Só que hoje ele não está a facilitar, ele conhece a
empresa, conhece os aguidos."
Arcénio
Sebastião (Beira) – Deutsche Welle
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