Trata-se
de habitantes com rendimentos por adulto inferiores a cerca de €422 mensais.
Mulheres continuam a ser mais atingidas que os homens
Pelo
segundo ano consecutivo, a população idosa voltou a registar um aumento do
risco de pobreza em 2014, passando de 15,1% em 2013 para os 17,1%, informa esta
sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística. Contudo, o risco de pobreza da
população em geral mantém-se igual, atingindo cerca de um quinto dos
portugueses (19,5%).
Além
do agravamento entre a população idosa, também foi registado um aumento do
risco de pobreza na população sem trabalho, de 40,5% (em 2013) para 42% (em
2014). Há quatro anos, em 2010, a taxa era de 36%, de acordo com os dados do
Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, realizado em 2015 sobre
rendimentos do ano anterior.
Também
se regista uma descida da intensidade da pobreza, que mede em termos
percentuais a insuficiência de recursos da população em risco de pobreza. Foi
de 29% em 2014, reduzindo-se em 1,3 pontos percentuais face ao défice de
recursos registado no ano anterior (30,3%).
Ao
olhar para os diferentes grupos etários, conclui-se que ainda que o risco de
pobreza diminuiu nas crianças: de 25,6% para 24,8% entre 2013 e 2014. As
famílias com crianças dependentes mantiveram em 2014 um risco de pobreza
(22,2%) superior ao das famílias sem crianças dependentes (16,7%).
Em
2014, o risco de pobreza continuou a atingir com maior impacto as mulheres:
20,1% face a 18,8% para os homens.
O
que melhorou foi a assimetria na distribuição dos rendimentos entre os grupos
da população com maiores e menores recursos.
O
coeficiente de Gini, um indicador que tem em conta toda a distribuição dos
rendimentos, refletindo as diferenças de rendimentos entre todos os grupos
populacionais, registou um valor de 34%, reduzindo-se em 0,5 pontos percentuais
face ao ano anterior (34,5%).
No
inquérito às Condições de Vida e Rendimento (EUSILC), realizado anualmente
junto das famílias residentes em Portugal, a taxa de risco de pobreza
corresponde à proporção de habitantes com rendimentos monetários líquidos
anuais, por adulto, inferiores a 5059 euros em 2014 (cerca de 422 euros por
mês).
Expresso
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