sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Portugal. HÁ MAIS DESEMPREGADOS E IDOSOS EM RISCO DE POBREZA


Trata-se de habitantes com rendimentos por adulto inferiores a cerca de €422 mensais. Mulheres continuam a ser mais atingidas que os homens

Pelo segundo ano consecutivo, a população idosa voltou a registar um aumento do risco de pobreza em 2014, passando de 15,1% em 2013 para os 17,1%, informa esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística. Contudo, o risco de pobreza da população em geral mantém-se igual, atingindo cerca de um quinto dos portugueses (19,5%).

Além do agravamento entre a população idosa, também foi registado um aumento do risco de pobreza na população sem trabalho, de 40,5% (em 2013) para 42% (em 2014). Há quatro anos, em 2010, a taxa era de 36%, de acordo com os dados do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, realizado em 2015 sobre rendimentos do ano anterior.

Também se regista uma descida da intensidade da pobreza, que mede em termos percentuais a insuficiência de recursos da população em risco de pobreza. Foi de 29% em 2014, reduzindo-se em 1,3 pontos percentuais face ao défice de recursos registado no ano anterior (30,3%).

Ao olhar para os diferentes grupos etários, conclui-se que ainda que o risco de pobreza diminuiu nas crianças: de 25,6% para 24,8% entre 2013 e 2014. As famílias com crianças dependentes mantiveram em 2014 um risco de pobreza (22,2%) superior ao das famílias sem crianças dependentes (16,7%).

Em 2014, o risco de pobreza continuou a atingir com maior impacto as mulheres: 20,1% face a 18,8% para os homens.

O que melhorou foi a assimetria na distribuição dos rendimentos entre os grupos da população com maiores e menores recursos.

O coeficiente de Gini, um indicador que tem em conta toda a distribuição dos rendimentos, refletindo as diferenças de rendimentos entre todos os grupos populacionais, registou um valor de 34%, reduzindo-se em 0,5 pontos percentuais face ao ano anterior (34,5%).

No inquérito às Condições de Vida e Rendimento (EUSILC), realizado anualmente junto das famílias residentes em Portugal, a taxa de risco de pobreza corresponde à proporção de habitantes com rendimentos monetários líquidos anuais, por adulto, inferiores a 5059 euros em 2014 (cerca de 422 euros por mês).

Expresso

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